quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bye Bye Sandy!

Pensei que não faria o blog hoje, mas a internet do hotel voltou a funcionar.
Bom, muito observei nestes dias em que a cidade que nunca dorme parou.
Impressiona como tudo muda. Os new yorkers ficaram em casa, cumprindo as ordens do prefeito. Pela manhã via-se um ou outro indo correr no Central Park, mas no geral, pelas ruas só se viam turistas, internos e externos, caminhando pelas ruas meio sem rumo, pareciam uns autômatos que seguiam para lugar nenhum.
A meca do consumo, vazia. Lojas fechadas, Mc Donalds que normalmente funciona 24h, fechado, Starbucks fechado, somente algumas delis e muito poucas lojas de souvenir, não tem como descrever o vazio que tomou conta disso aqui.
Falo da região de Times Square, onde não se sentiu nada do que se passou pelo sul da ilha ou no Quens, ou mesmo em Nova Jersey, aí sim, Sandy arrasou, não foi devassa, foi devastadora!
Fiquei vendo as notícias pela tv, e é a mesma coisa em qualquer lugar, seja onde for, o povo é teimoso.
Tudo foi feito no tempo correto. A paralisação do metrô, dos ônibus e trens, aeroportos, organização e sincronia perfeitas.
Mas voltando a tv, em Nova Jersey, em algumas cidades houve obrigatoriedade de se recolher a abrigos, e não é que um sujeito disse que não ia sair, "porque a morte é a certeza que temos, então não tenho medo", é igual a um certo lugar que conheço bem. Só que aqui a coisa funciona, primeiro eles cortam a luz, a água e a calefação, se mesmo assim não resolver, a polícia entra.
Desde domingo, com os preparativos para a chegada do furacão, tanto o prefeito de NY, quanto os governadores dos estados que sofreram a catástrofe, colocam a cara na tv mais de uma vez ao dia, dando todo tipo de satisfação à população.
Mas hoje as coisas já estão voltando ao normal. Lojas já abriram, via-se que precariamente, mas atendiam dentro das possibilidades. Quando fui jantar, fui logo informado de que tais pratos não poderiam ser servidos por falta de ingredientes, e todos compreenderam, pelo menos os que estavam ao meu redor.
Como aqui o negócio é vender, sempre tem comprador para tudo, pouco antes do meio dia, caminhando pela rua 42, vi uma aglomeração em frente a uma loja, tinha um aviso que abriria em 10 minutos, acho que a rua toda se dirigiu para lá, alegria da mulherada, uma sapataria. Logo depois outras retomavam os seus negócios.
O metrô é que vai levar mais uns 4 ou 5 dias, virou um grande duto de água, principalmente no sul da ilha e no Quens. Ainda há muitos locais sem luz, aqui em Manhattan mesmo, teve uma central de luz que explodiu, não sei onde.
No mais, para mim foi uma viagem marcante, aproveitei para passear, andar sem compromisso, sem nem me preocupar em fotografar, estava precisando disso. Nas últimas viagens fiquei muito preocupado em tirar fotos por conta de cobranças pessoais, de conseguir me superar, e acabava perdendo a viagem. Deixei de ver muita coisa, parecia um japonês, sem preconceito.
Hoje mesmo, depois que jantei, fui caminhando pelas ruas, temperatura em torno de 8 graus, sem vento, agradável, fui até ao Rockefeller Center, estava vazio, nunca vi assim. A Saks, que no natal tem as vitrines mais concorridas da cidade, coberta de tapumes. Caminhei pensando na viagem e acredito que saí ganhando, foi muito bom!
No próximo conto o retorno.
Até!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sandy voltou a ser o que era!

Pois é, Sandy que era uma tempestade tropical, ganhou força, virou furacão, não encontrou o que queria, voltou a ser ela mesma, tempestade tropical.
Conseguiu parar NY. Nunca imaginei ver esta cidade como eu vi hoje.
Logo pela manhã saí para tentar resolver a minha vida junto a American, fui até a loja da Lexington, mas claro que estava fechada, mesmo assim, só se via turista pelas ruas, alguns, mas em vista do comum, poucos.
Não teve metrô, não teve ônibus, não teve trem nem avião, só taxis circulavam, poucos carros, raros de serviço, nem a polícia que é ostensiva apareceu muito, estava tímida.
Bombeiros corriam o tempo todo, ainda mais quando o guindaste quebrou, está lá pendurado até agora, se ventar muito forte, corre o risco de cair em uns prédios.
Me preparei para o problema. Comprei bastante água, coisas que pudesse comer sem que estragasse, não tenho geledeira no quarto e fiquei por aqui.
Como não conseguia resolver o problema com a American, desci abastecido de números de telefone e fui em busca de uma solução. Depois de várias tentativas, telefones que não funcionavam, números que não respondiam, consegui finalmente alterar a minha passagem.
Antes disso, prevendo mais problema, já que os noticiários diziam que passagens para os aeroportos da região só depois do dia primeiro, alterei a minha reserva para o dia 2, sem problema.
Na volta, como havia resolvido tudo, tornei a alterar para o dia 31, fácil também.
As ruas estavam vazias, por volta das 3:30pm, e perigosas. O que tem de óleo pelas ruas e calçadas, impressiona.
Com a chuva, as calçadas molhadas, eu comecei a patinar. Teve um momento que virei uma esquina, me deparei com um empregado de um prédio usando uma máquina que borrifava areia na calçada. Eles não são bobos, se uma pessoa cai alí, é processo na certa. Mas é muito óleo, o chão chega a ficar meio furta cor.
Na hora pensei, tenho que votar para o hotel, com o meu joelhinho complicado, cair estava ficando muito fácil.
Espero que amanhã já tenha transporte e que a cidade volte a ser o que é, cheia de gente, confusa, carros buzinando, polícia apitando pelas esquinas, confusa, porque assim é que é a minha New York.
O excesso de asfalto, concreto e vidro, o cheiro da poluição dos carros, os prédios altíssimos, alguns em vidro refletido os seus vizinhos, luzes e neons piscando o tempo todo, tentar passar por uma calçada de teatro e ver a multidão esperando o All Paccino sair da peça, bem ao lado do hotel, é assim que funciona, completamente organizada na sua desorganização.
Hoje seria o último dia, passou para amanhã, veremos o que sobrou dessa Sandy devassa, sem personalidade para assumir o que é, não sabe se é chuva, tempestade ou furacão!
Só um comentário para encerrar: cada vez mais me calo nas esperas dos hotéis, o que tem de brazuca sem educação, que gosta de falr alto e mau do hotel, não tem nem capacidade de entender que está havendo uma pré-calamidade. Francamente, como dizia um amigo, e acho que se encaixa bem, "pobreza fede".
Até!

domingo, 28 de outubro de 2012

Sandy está chegando!

Sandy está chegando e eu estou esperando. Esperando que se defina se na terça terá voo saíndo de Newark, pois tenho conexão por lá.
Até agora cancelaram perto de 5.000 voos nos aeroportos da área de ação do furacão, sendo que desse total, 20% são de Newark, ou seja, acho que vai complicar.
Vou esperar até amanhã para ver o que a American vai fazer. O problema se divide em dois, quanto aos voos: voo de Newark para Dallas, tem vários por dia, mas de Dallas para o Rio, só três vezes por semana, e intempérie não garante atendimento de espera, hotel, etc.
O voo de Dallas para o Rio está sem problema. Se depois disso eles me mudarem para JFK/GIG, vou ficar bem contente.
Apesar de a temperatura estar baixando, o dia hoje, mesmo sem sol, foi bom, não tinha vento, então fica confortável.
Por volta das 6pm desci para comer, restaurantes fechados, lojas idem, delis e lojas de conveniência com filas intemináveis, aproveitei e comprei um lanche para o café da manhã, não sei como vai estar.
Suspenderam o funcionamento do metrô às 7pm, dos ônibus às 9pm e vão parar os trens, já não tem avião, estou preso em NY, muito triste!!
Quando saí, reparei que lojas haviam colocado tapumes e sacos de areia nas portas, parece que enche de água, porque a chuva é forte e intensa.
O problema maior pode ocorrer terça ou quarta. Tem duas tempestades vindo do norte na mesma rota do Sandy, se acontecer isso, disseram que vai ser o caos, espero estar fora, 21/12 está chegando!!!
Bem, veremos o que irá acontecer, eu estou tranquilo, não tenho compromisso, voltar eu volto, só não sei o dia certo.
Até o próximo boletim metereológigo!

New York e a espera por Sandy

Ontem houve um probleminha técnico financeiro.
A internet neste hotel está muito cara, então, na minha inteligência tecnológica, resolvi que era a vez do celular e usar o mesmo como modem, ha, ha, ha, nada! o iTunes estava desatualizado, não houve como o celular se comunicar com este equipamento jurássico por bluetooth, então eu desisti, não dá para escrever muito no celular.
Mar voltando a rotina, no dia da chegada o agente da imigração em Dallas quis fazer uma gracinha, perguntou se eu estava trazendo mais de U$ 10.000, respondi que não, então ele voltou: como não, brasileiro está rico!, olhei para ele e disse não ser o meu caso. Quando saio pela alfândega, o agente faz a mesma pergunta, mesmo eu marcando no formulário que não estava trazendo, "brasileiro, mais de U$ 10.000?", agora a nossa fama é essa, isso é perigoso, vai que eles aprendem com o comércio e hotéis do Rio, que quando é turista externo, começam a cobrar mais caro.
O Naked Cowboy de times Square virou franquia. Ontem vi o original, dessa vez tocando um tambor com uma mulher dançando árabe, vi um negro e hoje outro louro.
Para quem não conhece, o Naked Cowboy é um cara que fica de cueca, botas, chapéu e violão, tirando fotos com a mulherada, ele já foi candidato a prefeito de NY, figurinha fácil de encontrar por aqui.
Ontem também fui ao Metropolitan, gosto muito de ir lá, está tendo uma exposição de manipulação de imagens antes do photoshop. Queria estar com uns puristas ao lado para que me explicassem como é que é mesmo que se faz. Tem umas alterações perfeitas, mas também tem umas que não tiveram o menor cuidado.
Tem também uma expo sobre a obra de Andy Warhol, 60 artistas fazem uma releitura da obra dele, tem coisas interessantes, mas fica meio batido, na minha opinião, por ele ter sido original.
A cidade está lotada! não sei se por conta do halloween ou algum recesso escolar, está impraticável!
Tentei ir hoje a um evento de fotografia que aconteceu entre os dias 25 a 27. Já tinha tentado me cadastrar antes de vir, mas achei caro U$60 por três dias, não pelo prêço, mas eu não iria ficar os trÊs dias lá dentro, só queria meio dia, não teve jeito, ou tudo ou nada, ganhou o nada.
Estou aqui aguardando que o furacão Sandy se manifeste mais objetivamente. Até o momento o que eu tenho visto é que, a tempestade Sandy, se juntou com outra frente e virou um furação de enorme dimensão, tanto que amanhã a noite, dependendo da intensidade, a prefeitura poderá lacrar o metro e deixar de circular os ônibus, para evitar circulação de pessoas, ventos de até 120km/h, exatamente aqui na direção da ilha, tendo um lado a atingir New Jersey até Long Island. Se tudo for como estão dizendo, acredito que na terça já tenha passado, só ficando o prejuízo da passagem, se não, terei que fazer o sacrifício de ficar mais.
Uma dica que esqueci. Cheguei por Newark. èguei o ônibus para o Port Autority, rua 42 com 8 Av, 30 minutos, U$16. Como eu só tenho uma mala, você pode ter mais, sem problema, e estou hospedado na esquina de 44 com 8 Av, ficou ótimo, 30 min.
Não vou publicar fotos aqui no blog, por enquanto, é que estou fazendo um teste e está dando certo, estou bem econômico nos cliques, e se eu baixar as fotos, limpo o cartão, então minha estatística fura, pensamentos e atitudes lusitanas, é a convivência.
Por hoje está bom, amanhã tem mais e possivelmente com notícias da Sandy.
Até!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Back to NY

Pois é, estou de volta a cidade que nunca dorme.
Acho que síndrome de abstinência de banana pudding, já comi um hoje.
Não sei que crise está acontecendo por aqui, a cidade está lotada e não sei qual o motivo, muito americano, brazucas também, mas estão um pouco discretos, ou eu estou me fazendo de surdo.
Vim com bilhete trocado de milhas, sendo que a American me mandou via Dallas. Fiz as contas na passagem, tudo bem, pela hora vai dar certo, o certo era que Dallas tem o fuso diferente da costa leste, então.... 10:50h de voo até Dallas e depois mais 3:15 até NY.
Saí do Rio às 22h e chegeui aqui, pelo horário de BSB às 14h, 16 horas de viagem, incluindo o tempo de conexão, cheguei quadrado, completamente fora do prumo e de qualquer outra coisa que queiram chamar.
A vantagem foi que, apesar do avião ser velho, não veio ninguém ao meu lado, então fiquei só nas duas poltronas.
Quando chegamos, ficamos presos no avião até dar 6h, mais uma vez aconteceu, só que agora foi culpa do comandante, ele decolou com 15 min de antecedência.
Tinha uns caras no avião, todos vestidos a carater para viajar para o Texas, tudo brazuca, com cara e jeito de goiano, bem tipo mesmo.
Tem muita coisa acontecendo aqui. Exposição de fotografia no Metropolitan, um evento de fotografia, incluindo palestras, cursos e equipamentos, esse vou tentar ir amanhã, amanhã inaugura a loja da Microsoft em plena Times Square, já tem uma fila enorme para entrar e tem várias barracas, com todos os fabricantes de computadores, exceto... apple, demonstrando o windows 8, e eu ainda quero fazer outras coisas e o tempo é muito curto, vou priorizar o externo amanhã porque está dando chuva para a frente.
Estou mais uma vez no Milford Plaza, pela primeira vez num quarto reformado, a reforma do hotel continua, eles reduziram o tamanho do quarto pela metade e o banheiro está minúsculo, quase iqual aos menores de Paris, quase não se cabe, para se ter uma idéia, puseram porta de correr pelo lado de fora do banheiro, mesmo sozinho, só com papier d'armenie.
Até!!!