terça-feira, 29 de outubro de 2013

Visita a Afonso

O tempo realmente está maluco. Depois da confusão climática de ontem, hoje amanheceu um céu azul, sem nuvens, mas frio, tinha que andar no sol.
Na hora que sai pela manhã, marcavam entre 14 e 15 graus, estava bom, tanto que estava de camisa de manga curta e casaco de couro.
Fui para a estação pegar o comboio para Guimarães.
Tranquilo, tem vários horários, trem suburbano, leva aproximadamente 1h, parando em umas 20 estações, e custa 3, 15 euros, acho que é isso.
A estação é dentro da cidade. Seguindo qualquer uma das ruas que saem na estação, chega-se ao centro histórico, e que centro.
Eu já tinha ido a Guimarães da primeira vez que vim ao Porto. Existem casas muito antigas, acho  que do Séc XIII, habitadas ainda, ficam numa praça, muito charmoso o lugar.
Junto ao castelo, tem uma capela, que dizem D. Afonso Henriques foi batizado, isso foi Séc XII, está lá inteira. O Castelo é mais uma muralha, mas está inteiro, impressiona.
Os outros monumentos da cidade são muito bem conservados e Guimarães é realmente uma joia dentro de Portugal, como muitas outras cidades.
E hoje, para pagar o que falei ontem sobre doces, comi um toucinho do céu que me levou ao próprio, delicioso!
Na volta, fui fazer umas noturnas no Porto.
Ao anoitecer, a temperatura despencou, senti muito frio, tive que comprar uma malha quente para usar, e assim mesmo, faltou um boné, as orelhas quase congelaram com o vento.
Hoje quando sai, resolvi esquematizar a saída. Planejei os horários dos trens, tudo arranjado para chegar e fazer as fotos noturnas, tudo isso me custou caro.
Andei o dia inteiro carregando tripé e cabeça de tripé, mais a câmera e lentes, me quebrou. Isso tudo complementado com as ladeiras do Porto, sair da Ribeira até o metro é preciso ter pernas.
Amanhã, último dia, devo sair só com a câmera pequena para alguma eventualidade, não estou pensando em fazer nada especial, na quinta tenho que sair às 5am, a gentil TAP mudou o meu voo para mais cedo, fiquei muito feliz e emocionado por ela ter se lembrado de mim. Eles são tão gentis, quando me ligaram perguntaram se eu concordava com a mudança, perguntei se tinha opção, a resposta foi não, por que perguntam então?
Resolvi não me aborrecer, não vale.
É isso. Último dia, arrumar mala, dar uma volta relaxado pela cidade e descansar para aturar um avião provavelmente, cheio.
Até

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Todos os climas e 48 horas

.O clima por aqui está em dúvida de como quer ficar, talvez seja características outonais europeias, eu é que não estou acostumado.
Depois de dois dias de sol, sem calor, mas sol, céu limpo, hoje amanheceu chovendo, parou por volta das 11h, depois ficou nublado, mais tarde, perto do anoitecer, o sol saiu.
O que vem acontecendo desde que cheguei, sábado, é que a temperatura tem caído um pouco por dia, aqui o inverno deve ser mais rigoroso que em Lisboa.
Segundo o empregado do hotel, já estamos no inverno, mesmo sendo final de outubro, daí não ter ar condicionado nos quartos, só calefação, desnecessária até o momento.
Bem, voltemos aos passeios.
O domingo foi muito bom. Saímos para passear e fotografar na foz do Douro, depois caminhamos pela orla até Matosinhos.
Em Matosinhos almoçamos sardinhas assadas com batatas ao murro, estava muito bom, o que me decepciona um pouco por aqui são alguns doces.
Na sobremesa pedi toucinho do céu, é muito diferente do que vendem no Rio, aqui é um tipo de bolo de amêndoas, já comi em mais de um lugar e era igual.
Agora, os doces foleados, recheados de creme de ovos ou de amêndoas, estes não tem comparação, são os melhores.
Acabado o almoço, pegamos o metro e fomos para Gaia, visitar as caves. Paramos na Ferreirinha.
O que vou falar aqui, sei que pode não agradar algumas pessoas, eu não gosto de vinho do porto, muito doce, podem me chamar de pobre, sem paladar, do que quiserem, eu gosto de vinho verde, tenho bebido sempre.
Para terminar o dia, fomos comer uma francesinha, calma!
Francesinha é um sande, assim eles dizem, que faz a alegria do colesterol. Pão de forma e como recheio, carne, linguiça, presunto, por cima do pão, ovo frito coberto com queijo derretido, mergulhado em um molho meio rosado com piri-piri (pimenta).
Não é ruim, é até bom, mas para uma criatura que vem abusando, sem vesícula, comer isso a noite pesou.
Foi um ótimo dia.
Hoje, tempo ruim na parte da manhã, fui fazer minhas comprinhas preferidas por aqui, livros, vários, alguns autores não são publicados no Brasil, então me fiz.
Melhorado o tempo, fui dar uma volta pela cidade.
A cidade do Porto é um museu aberto. Os prédios antigos, as igrejas revestidas em azulejo, são uma preciosidade, felizmente estão sendo restaurados os prédios, estavam muito deteriorados.
Aqui vai uma dica para os cariocas, venham conhecer o Porto, aqui se entende o Rio, os cariocas, nós viemos deste lado de Portugal.
É isso, está chegando ao fim esta viagem, tem sido tudo muito bom, salvo alguns desentendimentos hoteleiros. Hoje estava pensando exatamente nisso, está acabando, preciso voltar para casa, gostaria de ficar por aqui, mesmo com crise, é tudo muito bom, e eu sou carioca e apaixonado pelo Rio.
Até!

sábado, 26 de outubro de 2013

Inverno em outubro?

Nova parada, Porto.
O Porto é o Rio de Janeiro. Daqui partiram os  nossos patrícios para terras cariocas.
São mais descontraídos, conversam com você, a cidade é mais alegre, segundo eles, aqui não é Lisboa, Lisboa é muito cosmopolita.
Bom, concordo com os daqui, mas Lisboa é uma ótima cidade, só que está cada vez mais amargurada, cada vez mais tema de fado. As pessoas não estão tão simpáticas como antes, embora eu tenha sido bem tratado por onde andei, exceto no hotel, mas isso se resolve em avaliações.
Poderia ficar mais tempo em Lisboa, e ainda assim, faltaria tempo para fazer muitas coisas.
Depois de estudarmos um pouco de história da arte, eu sou ainda pré-escola neste quesito, o nosso olhar muda, e aquilo que você não vê normalmente, passa a chamar sua atenção, num simples passeio de ônibus, dá vontade de descer em cada parada para aproveitar o local.
Como tenho sempre colocado aqui e no FB, tenho bombardeado vocês com fotos do Instagram, que necessariamente sejam as fotos que tenho tirado com a câmera, algumas até são, mas a maioria tem o meu olhar, tenho postado aquilo que muitos querem ver.
Falando em Instagram, quero dar uma dica.
Quem tem dificuldade em usar lente fixa, comece a usar o Instagram, é um ótimo exercício, quase não tenho usado a tele que trouxe, só uso a 20 e a 50mm fixas, por serem cidades antigas, mais a 20mm e estou gostando muito, descobrindo um novo ângulo, como já disse a minha amiga Zoraida, o zoom sou eu.
Depois de ver um por do sol bonito, encontrei com a Fernanda Povoleri, este final de semana ela está por aqui, jantamos na Ribeira um Bacalhau com broa, muito bom. Amanhã vamos andar pela foz, Matozinhos e Gaia, fotos.
Surpresa no hotel do Porto, fui ligar o ar e não tem, estamos no inverno, só calefação. O inverno não é em dezembro? Acho que o rapaz se confundiu, hoje acaba o horário de verão, o engraçado que aqui acaba às 2 da manhã, teremos só duas horas de diferença para o Brasil.
É isso, tentar dormir na sauna, desliguei a calefação e abri a janela, não está frio para tanto.
Até!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Passeio duplo e barato

Mala arrumada, amanhã é dia de mudança, chegarei na última parada desta viagem e vocês ficaram livres de mim por algum tempo, não muito.
Hoje resolvi arriscar. Saí do hotel pensando em duas possibilidades fora, e se estivesse chovendo, iria ao museu dos coches.
Pois bem, quando saí o tempo estava nublado, mas nada de pesado, resolvi ir logo pela manhã a Sintra, lá é alto, se o tempo mudar pode ficar frio, vou logo, pensei.
Peguei o metro e depois o comboio na Estação do Rossio. Logo que saiu da estação, pude ver um pouco de sol, mas quando chegamos a Sintra, quase volto no mesmo comboio, chuva, vento, raios e trovoadas, resolvi esperar um pouco.
Dez minutos depois da minha chegada, parou de chover, começou a aparecer o sol, não estava frio, foi muito bom.
Optei em Sintra a não ir aos castelos, da Pena e de Mouros, fui só até a vila, tinha que escolher, ou visitava os castelos ou ia ao Cabo da Roca, optei pelo segundo.
O Cabo da Roca é muito bonito, é o ponto extremo da Europa, como está escrito lá, "Aqui Acaba a Europa" podia ser começa também, pela Jangada de Pedra lá é a proa.
O dia estava ótimo, o sol saiu, tinha nuvens, não tinha vento, foi muito bom.
Saindo de lá fui para Cascais, novamente tempo bom, muita gente nas ruas, acho que tinha algum evento budista, estava cheio de monges e pessoas com o mesmo tipo de crachá. Dei umas voltas, peguei o comboio e desci no Cais do Sodré.
Vai a dica: existem passeios guiados para estes lugares que custam +/- uns 50 euros, é muito fácil ir.
O comboio/trem para Sintra, sai da Estação do Rossio, na baixa, a passagem custa 2,15 euros, se você ainda não tem o cartãozinho, para mais 0,50, leva 40 min.
Chegando em Sintra, tem um ônibus hop on/off que custa 5 euros e para em quatro lugares, os principais são: a vila, o Palácio da Pena e o Castelo de Mouros, o outro não me lembro.
Se você quiser ir ao Cabo da Roca, tem um ônibus na estação de trem que custa 4,15 euros, de hora em hora.
Visto tudo, é só pegar o comboio de volta, mais 2,15 euros e pronto, Sintra está visitada.
Para ir a Cascais, pega-se o comboio no Cais do Sodré, 2,15 euros, agora já tem o cartãozinho, não precisa pagar os 0,50, são 45 min.
Passeia-se em Cascais e Estoril, pega-se o comboio de volta, mais 2,15 euros e está resolvido.
O passeio que fiz hoje foi o seguinte: peguei o comboio no Rossio, chegando em Sintra caminhei até a vila, voltei para a estação, peguei o ônibus para o Cabo da Roca, de lá, peguei o mesmo ônibus e segui para Cascais, peguei o comboio de volta. Custo do meu passeio: 4,80 de comboio + 7:30 do ônibus = 12,10 euros.
Para terminar o dia, e era o último em Lisboa, o tempo estava bom, peguei um ônibus e fui para os Jerónimos fazer foto noturna. Na hora que desci, caiu uma tempestade, de raio, trovoada e chuva pesada, nem dava para sair do ponto, esperei diminuir, fui fazer hora no Pasteis de Belém, a chuva passou, fui fazer as fotos.
Para minha decepção, o Mosteiro é muito mal iluminado, há paredes que não  recebem luz alguma, fiz o que deu, e antes que me caísse nova chuva, estava ameaçando, voltei.
É isso, amanhã trem e novo destino.
Até!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MUITA CHUVA!!!!!!

É muita água caindo.
Ontem a noite choveu muito, hoje pela manhã, estava nublado, mas não estava chovendo, até eu sair na rua.
Foi muita chuva e ela sempre vem com vento forte, não adianta se proteger, ela te acha em algum lugar.
Para piorar, esta cidade é das colinas, então a água está sempre descendo de algum lugar e as esquinas acabam alagadas, sem contar os carros e ônibus que passam jogando água para todos os lados.
Na falta de onde ir, peguei meu passe de ônibus/metro e fui passear pela cidade.
Andei por bairros periféricos muito estranhos, mas sem problema, terminei na gare do Oriente.
O melhor nestas horas é ir para algum lugar coberto, resolvi ir ao Museu Nacional dos Azulejos.
Pesquisei e tinha um ônibus do Oriente que passava na porta do museu.
O tal ônibus anda em círculos por uns bairros, mais estranhos ainda, e são todos próximos ao centro. Só prédios estilo conjunto BNH, parecia que estava em Guadalupe.
Anda daqui para ali e chega-se ao museu.
É um espetáculo, todo o conjunto. Ao comprar a entrada, da direito a visitar a Igreja de Madre Deus, essa é fabulosa.
A igreja é toda em ouro e nas paredes de baixo, decoradas com azulejos azul e branco. Os altares são belíssimos, tudo nela é incrível, muito ouro.
Eu já havia tentado visitar da primeira vez que vim a Lisboa, estava em restauro.
No mesmo prédio está o Museu Nacional dos Azulejos, dispensa qualquer comentário.
Conta a história dos azulejos, como recuperaram as fachadas após o terremoto, como são feitos.
Em algumas salas, existe o painel de azulejos, alguns Séc XVI, e peças novas, em várias etapas de fabricação, para você tocar e saber como é feito.
Tem uma sala que tem uma panorâmica de Lisboa em azulejos com imagens retratando Lisboa antes do terremoto, incrível.
Acabei aproveitando o meu dia que estava dando como perdido.
No final da tarde voltei ao hotel, esperei escurecer, tinha parado de chover, pequei tripé e equipamento e fui fazer umas noturnas lá pela baixa.
Os monumentos por aqui não são muito iluminados, então não saiu como eu esperava. O que valeu foi São Pedro ter dado uma trégua. Quando acabei de fazer a última que pretendia, voltou a chover, fraco, pequei o metro e vim para o hotel. (agora chove muito novamente)
Se amanhã persistir este tempo e não der para fazer o que estou pretendendo, vou ao Museu dos Coches, já vi que fica em Belém, assim como mais uns pasteis antes de ir embora.
Até!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Passeios distantes

Nestes dois últimos dias fui a sítios distantes.
O tempo está meio confuso. A meteorologia diz que vai chover, cair raio, ventar, aí você sai e está com mormaço.
Outra hora diz que a possibilidade de chuva é pequena, aí ocorre o que aconteceu hoje, água, mas muita água, mas foi só na volta do passeio, a chuva que caiu durante, não prejudicou muito.
Ontem, saí pela manhã sem saber o que fazer. Olhei  o horizonte, um pouco de sol, então pensei: que tal pegar um autocarro e ir a Évora? Feito! Peguei o metro, fui até a estação de autocarros e peguei o primeiro horário disponível.
A viagem não é muito longa, 1h45m, autocarro confortável, para em alguns lugares, poucos, para pegar ou deixar passageiros.
Chegando em Évora, é só caminhar menos de 10 min e está no centro.
Lá, na praça principal, tem um serviço de informação turística, a pessoa te informa tudo. Eles vendem um mapa por 0,50 de euro, tudo é muito perto, o problema é achar que está indo para um lado e na verdade está indo para outro. Estas cidades antigas, penso eu, faziam isso para proteção, não tem uma rua reta, é tudo em curva.
Passei lá quase 4 horas, vi tudo o que pretendia, só não fui na universidade, já conheço, tem umas salas muito bonitas decoradas com azulejos que dizem respeito ao que é estudado, no mais, fui em tudo.
É um charme a cidade. As casas são brancas com amarelo, a maioria delas, tudo preservado e conservado, além dos monumentos romano, árabe e outros mais que andaram por lá.
A passagem de ônibus custa 11,50 euros por trecho, vale ir sem excursão, e a comida alentejana é das melhores.
O dia de hoje resolvi fazer um tour contratado. Queria ir a Óbidos mas o transporte público não chegava por lá, então comprei um que ia a Óbidos, Alcobaça, Nazaré, Batalha e Fatima.
Óbidos é um presente. Toda a vila cercada de muros é preservada, nada pode ser construído por lá, o único problema, é que os moradores tem carros e deixam estacionados nas ruas, o que estraga uma foto, tudo antigo e o carro na frente.
Alcobaça e Batalha, são monastérios dos séculos, se me lembro, XIII e XIV. São impressionantes pela estrutura, enormes de altos, além do mais, Alcobaça tem os túmulos de Pedro I (de Portugal) e Inês de Castro, eu acho esta história muito boa.
Batalha não foi concluído, dizem que propositalmente, já que a parte principal da igreja em a forma de uma chave, o local que não possui teto foi para receber as energias celestes que direcionavam para o restante do templo, sei não, para mim foi que resolveram construir o Mosteiro dos Jerónimos aí faltou quem terminasse.
Nazaré é uma praia que o mar bate muito, é o lugar das mulheres das 7 saias, que segundo informaram, representam as sete cores do arco-íris, os sete dias da semana e outros 5 motivos que tenha o 7 como referência, nada muito especial.
Fátima, o santuário, tem uma energia muito boa. ao entrar no santuário você percebe isso. É um lugar de imensa devoção. As peregrinações ocorrem de maio a outubro, sempre dia 13, exceto em agosto que é no dia 19, está na história das aparições o motivo.
Hoje havia missa em chinês na capela das aparições, e na basílica em português, cheguei bem na hora da benção dos objetos, peguei uma rebarba.
Na volta, caiu uma chuva, mas foi muita água, e o motorista mandando ver na estrada, fiquei preocupado, não gosto de estradas com chuvas, por melhor que elas sejam.
Quando cheguei em Lisboa, mais água. Aqui as ruas enchem, não tive escolha, meti o pé na água.
Foi isso, quem viu as fotos me acompanhou nestes lugares, são lugares especiais aqui em Portugal, acho que visita certa para quem vem a Lisboa.
Amanhã, se não cair o raio que está prometendo, pretendo pegar o comboio e ir a outro lugar.
Em tempo, uma informação: este passeio para Fátima, com almoço incluído, custa 88 euros, é o dia inteiro e o guia vai contando muita história de Portugal.
Até!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sol, Chuva, Vento e Hotel de Quinta

Os dias tem estados instáveis, e eu junto.
Fica nublado, sol sai, nubla novamente, chove, hoje na parte da tarde bateu um vento dos bons, e eu tento fazer os passeios dentro das condições climáticas.
Ontem, domingo, foi um dia ótimo, apesar da instabilidade. Encontrei a Fernanda Povoleri e fomos passear lá no Parque das Nações.
O lugar foi revitalizado para a Exposição Mundial de 1998, é um lugar novo, moderno, um grande parque com muitas atrações, dentre elas o Oceanário de Lisboa. É considerado um dos melhores aquários públicos do mundo, é realmente fantástico.
Eu como sou muito urbano, gosto muito do Parque das Nações. Tem tudo para seu conforto. Bares, restaurantes, shopping, grande área de lazer, local para shows, locais para exposições, arquitetura moderna, tudo de bom.
Como disse o dia foi ótimo, bem aproveitado.
Hoje, saí pela manhã pensando em ir a Cascais, o tempo estava fechado, como no dia da chegada fui até Belém e voltei por conta da chuva, resolvi terminar o roteiro da área.
As nuvens estavam bem carregadas, chegou a chover um pouco, mas o interior do Mosteiro dos Jerónimos e o próprio Mosteiro, estavam fechados, não deu para ver. Se sobrar tempo, eu volto.
Saindo de lá, fui para o Castelo de São Jorge, via Santo António e Sé.
A Igreja de Santo António (a grafia aqui é assim), fica no local onde, pressupõem-se, ele nasceu, ele é adorado por aqui, tanto que eles chamam de Sto. António de Lisboa, depois ele virou de Pádua, mas aqui que ele nasceu como Fernando António.
Mais uma subidinha e você entra na Sé.
A Catedral de Lisboa tem um prédio com estilo indefinido. Já foi Mesquita, os terremotos ocorridos em Lisboa derrubaram parte dela, tem capelas góticas, realmente é indefinida, austera.
Subindo mais um pouco, chega-se ao Castelo de São Jorge, na verdade as ruinas do que foi o castelo, hoje um grande mirante da cidade, um visual muito bom, e alguns resquícios do que foi, as muralhas e as torres ainda estão por lá, é um grande parque no alto de uma das colinas de Lisboa. Gosto sempre de dar uma passada por lá, só não subi nas muralhas desta vez.
Desci e o vento me empurrava, e o tempo fechando, e o frio chegando, me recolhi.
Amanhã pretendo ir a Évora, só precisa o tempo  ajudar, o site dá possibilidade de chuva, já melhorou, antes apresentava uns raios.
Este hotel está me aborrecendo. Já reclamei por duas vezes que o ar está desligando sozinho, a janela não abre e eu acordo suando. No primeiro  café da manhã levei uma varada da pessoa que atende no restaurante, a internet é uma das piores que já usei, Hotéis Fénix, me aguardem, vou detonar!!!
Me disseram que um dos donos, ou o dono é o tal do Barata dos ônibus do Rio.
Até!

sábado, 19 de outubro de 2013

Do cinza ao sol

Antes de começar, duas coisas a dizer:
Ainda sobre a Espanha, eles não falam português, nem tente pedir algo em português em restaurantes, museus ou outros lugares que tenham algo em diversos idiomas, não existe.
Jangada de Pedra de Jose Saramago, deveria ser leitura obrigatória na península.
A segunda é sobre ontem. Não teve blog porque eu estava igual ao tempo, completamente cinza. Logo no café da manhã me deram uma resposta atravessada, mas não foi daquelas da lógica lusitana, esta eu até entendo, foi falta de educação mesmo, tanto que a pessoa percebeu o que disse e veio me pedir desculpas, já era tarde.
Mas, como tudo segue, o dia de ontem também se foi.
Andam me secando. o site do tempo diz que terei chuva até o final da viagem. Vamos lá, pensem nas fotos com céu azul.
Ontem choveu praticamente o dia inteiro, a noite caiu uma chuva muito forte, achei que hoje seria pior. Mas para minha surpresa, amanheceu com sol e calor, a chuva só chegou perto das 15h, mas foi pouca, e consultando o site hoje, a situação tende a melhorar, embora ainda apareça indicação de chuva para os próximos dias.
Aproveitando o dia cinza, no geral, me esbaldei em guloseimas ontem, e olha que o que não falta por aqui, são coisa boas de se comer.
Alguns pequenos passeios eu fiz, mas nada de especial.
Quando fui aos Pastéis de Belém, começou a chover e entrei nos Jerónimos, estava complicado lá dentro, desmontavam andaimes de obras de restauro, durante a semana eu volto para ver como ficou, e é claro, comer mais pastéis.
O dia de hoje, na parte da manhã com um belo sol, fui passear no Parque Eduardo VII, ao lado do hotel. Cada vez que venho aqui descubro algo. Hoje foi o pavilhão da Expo de 1923 no Rio, desmontado lá e remontado aqui. É um belo prédio, mas acho que não sofre um restauro desde que foi remontado, está muito deteriorado, uma pena, belo prédio.
Depois, fazendo hora, fui encontrar com uma amiga, Fernanda Povoleri, conversamos, passeamos e fotografamos.
Uma amiga dela nos recomendou um prédio na baixa que não conhecia, Casa do Alentejo. Por fora você nem imagina o que vai ver dentro. Um belíssimo prédio em estilo árabe, com salões decorados com azulejos incríveis, e um restaurante que nos foi recomendado, comida alentejana é muito boa.
Foi uma tarde ótima, gostei muito.
Tentei comprar entrada para o show do António Zambujo aqui em Lisboa, esgotado. No dia que vou embora, show do Milton Nascimento com o Zambujo e Carminho, perdi novamente.
Para quem não conhece, António Zambujo e Carminho, procuram no youtube, são fantásticos, a Carminho contando com Milton Nascimento, Cais, está incrível.
Até!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Espanha

Cheguei a mais um destino, Lisboa, mas só amanhã eu falo.
Quero falar sobre a Espanha.
Desde que vim pela primeira vez, fiquei encantado com o que vi.
Não conheço muitos lugares, mas, por onde andei, fui sempre muito bem recebido, nunca tive nenhum problema, desde imigração, que aliás desta vez nem passei, até em informações pedidas nas ruas.
Em cada cidade que conheci, vi a preservação do patrimônio, a limpeza da cidade, os transportes funcionando, um comércio variado e com muitas opções, tudo que uma cidade precisa para oferecer aos seus moradores, e que os turistas aproveita,
O primeiro lugar que conheci na Espanha, foi Santiago de Compostela.
Saí da cidade do Porto para um passeio pelo norte de Portugal, com visita a Galícia, especificamente, SC.
Cheguei na hora da missa dos peregrinos, foi emocionante. Foi uma visita rápida, mas tive uma noção pequena, mas interessante, da cidade.
Depois fui conhecer Barcelona, Madri e Toledo.
Barcelona é fantástica, todos os parques, monumentos, a revitalização da cidade para as Olimpíadas, o "ser catalão", é uma cidade que passa jovialidade, está no grupo das minhas 5 favoritas.
Madri, capital do Reino de Espanha, é uma festa. Não pensei que fosse gostar tanto de lá, tanto que hoje, com um intervalo de cerca de 3h entre o trem e o avião, larguei a mala em Atocha e fui dar uma volta na cidade. Estava um calor madrilhenho, quem conhece sabe o que estou dizendo.
Toledo é uma preciosidade, uma das cidades que não é possível descrever, só conhecendo e andando pelas suas ruelas, visita imprescindível quando vier a Madri, está mais perto, 30 min de trem.
Voltei a Barcelona e Madri, dois anos depois e passei meu aniversário em Segóvia.
Outra cidade histórica, muito bem preservada, com um castelo em perfeito estado e belíssimo, só não gostei muito do tal do leitão, prato típico local. Também próxima a Madri, vale uma visita, trem rapidinho.
Agora conheci algumas cidades da Andaluzia. Sevilha, Córdoba, Málaga e Granada. Todas elas com influência moura, romana, cigana e de tudo o que passou por lá por séculos e séculos.
Os meus destaques são: Sevilha, Catedral/Mesquita e Praça de Espanha; Córdoba, sem dúvida a Catedral/Mesquita, um assombro; Málaga, a cidade, me agradou muito o jeito dela, me lembro Barcelona e Granada, Alhambra, soberba.
Apesar da crise que existe por lá, diferentemente de um país ao sul do hemisfério que conheço, nenhuma obra iniciada foi paralisada. Em Málaga e Granada, estão construindo linhas de metro.
Para Málaga não existe trem de alta velocidade, ainda, está sendo construído, enfim, o que o governo começa, termina.
É isso, Viva a Espanha e seu povo que sempre me recebeu muito bem!
Até!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Jardins e Generalife

Foi muito bom ter comprado entrada extra para voltar aos jardins de Alhambra, o dia estava perfeito e, na hora que entrei, a massa já tinha entrado, praticamente estava sozinho.
Os jardins são fantásticos, muitas flores, muita cor, tudo muito bem cuidado, e lembro que o guia na segunda falou que o melhor é em maio, quando os jardins estão plenos, nem posso imaginar o que acontece.
Meu horário era das 14 às 18h, quando troquei o ingresso, me disseram que eu aproveitaria mais se chegasse depois das 14, já que eu tinha toda a tarde, e assim fiz, cheguei 14:30, saí depois das 5.
Além dos jardins, pode-se visitar o palácio Generalife, Alcazaba e o Palácio de Carlos V, este último abriga o Museu de Belas Artes.
O Palácio de Carlos V não foi concluído, ele teria mais um andar. Por fora você vê um prédio retangular como qualquer outro da época, quando entra, é redondo, com um grande pátio interno, muito bonito.
Eu tinha dito que ia fugir de torres, pois falei demais. Não resisti e subi na torre da vela, não tinha tanta escada assim. De baixo ela parece ser mais alta, se bem que já estava no alto do morro. Uma vista de Granada impressionante.
Foi assim a minha despedida de Granada, amanhã parto para outro destino.
Uma ajuda para quem vier para a Espanha.
Tenho comprado sempre um chip para celular local. Na última vez que vim, comprei da Vodafone, foi o pior de todos. Desta vez comprei um da Tuenti, operado pela Telefónica, ótimo. Paguei 12 euros com direito a 1G para acesso. Vocês foram testemunhas do tanto que postei, eu mesmo acho que foi demais. Além de usar o Instagram, usei FB, mail, site de jornais, baixei anexos com vídeos, fiz tudo o que podia fazer nestes 15 dias, pois bem, não atingi o limite, ainda tenho crédito.
Quando chegava no hotel, colocava em wi-fi, mas as postagens eram na rua, então eu recomendo Tuenti na Espanha. Comprei em uma loja na Estação Atocha.
Bem, amanhã tenho viagem e novo destino, sendo assim...
Até!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A Granada dos Granadinos

Hoje fui conhecer a Granada dos minhocos, o povo da terra.
Na subida para Alhambra ontem, vi um grande parque margeando o rio, hoje pela manhã fui para aquelas bandas.
Segundo as placas, é o bairro do realejo, antigo bairro judeu. Não tem nada de antigo, está bem modernizado, o que fizeram foi um grande parque com quadras e aparelhos para exercícios.
Aliás, por toda a cidade, existem placas com sinalização de início de circuito para exercícios, com os movimentos que devem ser feitos a cada x metros caminhados ou corridos, tudo esclarecido que é baseado em um homem e uma mulher com x quilos, muito legal.
O rio é meio fraquinho, e a praça que tem até chegar a este parque, não tem nada de diferente, valeu para ver como é a movimentação das pessoas.
Na volta, circulei pelo centro antigo, várias ruelas e becos, com comércio local, muitas lojas fechadas.
Na área de Triunfo, me surpreendeu a degradação. Muita pichação, prédios lacrados, até um hotel, e é um lugar com muitos prédios do governo, nem me atrevi a andar pelas ruelas, as pessoas também não inspiravam confiança.
Granada, das quatro cidades que visitei na Andaluzia, foi a que mais me chamou a atenção este tipo de degradação, as outras não cheguei a ver isso.
Aqui tem muita gente "alternativa", é muito doidão mesmo pelas ruas, além de pessoas pedindo dinheiro nas ruas.
Na parte da tarde, fui conhecer o Parque Garcia Lorca, outra área também fora do centro, próxima, fui caminhando, mas não vi turistas por lá.
É um parque muito bem conservado, cheio de roseiras e cedros e uma outra planta que eles tem por aqui que moldam e muita, mas muita mosca, coisa que não tinha visto até então em Granada.
É um inferno este mosqueiro daqui.
As rosa são grandes, bonitas, se fosse no Rio ia sempre ter uma velha arrancando "umazinha não vai fazer falta" para levar para casa.
Saindo do parque, resolvi seguir em frente em uma grande avenida reta, acho que é uma parte nova de Granada.
Muito interessante, por muitos quarteirões, parecia que todos se conheciam, muitos se cumprimentavam, vários mercadinhos e comércio local. Nestes lugares é que você realmente conhece como é o dia a dia das cidades.
Para coroar a saída, entrei num mercado e quando saí, vi aquele por do sol que mais parecia um fogaréu.
Tentei atravessar a rua para poder ter uma visão melhor, mas não tinha passagem, era a entrada de um elevado, então não tive escolha, fia as fotos assim mesmo. Uma verdadeira explosão de luz e cor.
Ontem achei que o dia seria morto, sem nenhuma novidade, já que a cidade é pequena e já tinha circulado por todas as atrações, me enganei e ganhei um dia especial, do jeito que gosto.
Até!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alhambra

Cheguei a Alhambra!
É realmente um espetáculo. Todo o conjunto de jardins e palácios são fabulosos.
Acho que dei sorte não ter conseguido comprar o ingresso para a visita e ter ido com guia. Foram três horas de visita, começando pelos jardins e terminando no palácio. Como era visita guiada, não houve oportunidade de subir na torre, o que eu agradeço, nesta eu não subiria.
Muitas histórias, muitos mitos e simpatias, tipo todo dia 12 de janeiro, subir a torre da vela e badalar o sino para arranjar casamento, isso para as mulheres.
Logo na entrada da cidade de Alhambra, a parte onde fica o palácio, existem fundações das casas que existiam no local. Estas casas foram dinamitadas pelo exército de Napoleão, quando da invasão no início do Séc XIX. Na verdade não foi ele, foi o sobrinho que comandou a invasão, ia dinamitar tudo, mas um soldado, chamado Jose Garcia, subiu correndo e impediu que explodisse o resto. Tem uma placa em homenagem a ele. Ele era do batalhão dos inválidos por ser coxo, ainda assim salvou o palácio. Salve Jose Garcia!
Muita coisa foi dita, muita história foi contada, a cada espaço visitado era contado o que se passava naquele lugar. Foi muito bom e produtivo, perderia se estivesse sozinho, como vi uma senhora abordar o guia pedindo para seguir com ele porque ela, e as amigas, estavam perdidas sem saber nem para onde ir. Ele gentilmente disse que não podia por ser um grupo privado. Não sei se a bonita queria dar uma de "ixperta", o ingresso para o palácio custa 15 euros e o meu custou 50, com direito a audioguia e transporte do hotel ida e volta.
Por outro lado, quando se faz uma visita guiada com 18 pessoas, mais a multidão que está no local, para fazer fotos fica difícil, mas quarta eu volto para os jardins.
Bem, o palácio é realmente muito bonito, tudo é muito bem cuidado, eu gostei mas não me surpreendi tanto, a Mesquita Hassan qualquer número de Casablanca é um espetáculo, tudo bem que seja moderna, mas a arte empregada é a mesma.
No Marrocos vi outros prédios históricos, talvez não tão bem conservados, mas muito bonitos também.
Depois da visita, fui conhecer a Catedral e a Capela Real.
A Catedral, depois das que eu vi, não me disse nada, a de Segóvia é mais bonita, mas a Capela Real, é indescritível o trabalho dos túmulos dos reis católicos, se bem que parece que não estão lá.
Todo o conjunto é muito bonito. O altar que fica em frente ao mausoléu é de uma riqueza impressionante, deve ser tudo com ouro das américas.
No mais o dia correu bem. A noite por aqui esfria um pouco, percebi desde ontem, mas não levei nenhum casaco hoje, senti um pouco de frio.
Gostei de Alhambra, mas o que mais me impressionou até agora, foi a Catedral/Mesquita de Córdoba.

Até!

domingo, 13 de outubro de 2013

Voltando ao passado

Granada, objetivo final da primeira etapa da viagem.
Quando resolvi fazer esta viagem , nada disso havia sido planejado, o meu objetivo era ficar um mês inteiro em um único lugar, com isso, visitei sites de aluguel de imóveis para várias cidades e me decidi por uma, que já era o meu desejo.
Mas aí, minha alma cigana começou a se expressar e eu resolvi mudar, metade da viagem seria circulado, a outra metade parado.
Rodei o mapa inteiro da Europa, teria que ser por aqui, o meu bilhete de milhas era para estes lados. Fiz vários roteiros, e resolvi pela Andaluzia, acho que foi a "alma cigana" que me empurrou para cá.
Na verdade foi o clima. Eu não gosto de frio, então optei por onde faz calor nesta época do ano.
Bom, hoje conheci só um pouco, não deu para aguentar o sol depois das 16h, estava muito forte e a cidade muito cheia de turistas, mas mesmo assim já conheci alguns points, tem muito doidão por aqui, acho que tem uma colônia hippie. (e sujos, passei por um grupo que estava num dos points, depois do almoço, era inhaca pura)
Mas deixemos Granada para quando eu conhecer melhor.
A saída de Málaga foi tranquila, 20 min de trem até uma estação no meio do nada, mas bem moderna e quase duas horas até Granada, e aí bateu nostalgia.
O trem que me trouxe não era de alta velocidade, era dos antigos, confortável, mas não era rápido como os outros.
Embora puxado por locomotiva, me lembrou da litorina que fazia o percurso Rio/Campos ode eu sempre passei as férias.
Fiquei observando a viagem pela janela, o que eu via eram pequenas vilas, até pequenas aldeias, e uma floresta de oliveiras. Por todo o percurso, 90% das plantações eram oliveiras, quando o trem se aproximava das vilas, mudava para milho o hortaliças, mas as oliveiras predominavam.
Hoje por ser domingo, os lugares por onde o trem passou, que já deve ser calmo, estava mais calmo ainda, pouco se via de gente nas ruas.
Exceções foram, uma cidade chamada Loja, que às 13h, estava com a arquibancada do estádio cheia para assistir ao jogo de futebol e um outro lugar que, quando o trem passou, duas mulheres a porta de casa acenavam, isso tem em qualquer interior e só com um trem que passa como o tempo passa, em velocidade normal, é possível de ser observado.
Literalmente viajei.
É isso, amanhã vou a Alhambra, eles dizem Alambra, não consegui comprar a entrada para a visita ainda no Brasil, estava esgotada, só tinha para visita noturna, então tive que comprar em uma agência, paguei bem mais caro, mas vou com guia, então me aguardem, eu também sou cultura.
Até!

sábado, 12 de outubro de 2013

Málaga, até a volta!

E lá se foi mais uma etapa desta viagem.
Gostei muito de Málaga. Como já disse, sou urbano, gosto da parte histórica mas também gosto do novo, do conforto e confusão que o moderno trás.
Málaga possui o antigo, em lugares determinados, no mais é uma cidade em movimento.
Acredito que o tempo que passei aqui foi o suficiente para ver as atrações principais da cidade, mas para mim ficou faltando algo a ver ou conhecer, não sei, gostei daqui, pode ser o mar com a montanha, isso faz parecer mais familiar.
Uma coisa que não temos no Rio e aqui tem, e muito, são as moscas, é muito irritante, acho que é pior que mosquito.
Agora a noite eu percebi que, como tem muita charrete, os cavalos são apinhados de moscas, eles não tem o menor cuidado.
Hoje almocei, por indicação na Bodega El Patio. Eles são especialistas em arroz, ganharam até prêmio. Só que quando fui pedir, a resposta foi, só servimos para dois, fiquei na vontade.
Ainda tentei argumentar, mas o garçon foi enfático, só para dois, comi mais um peixe com legumes, que também estava bom.
Amanhã pego outro trem, desta vez farei baldeação, não tem direto para o meu destino, espero me acertar.
Málaga é muito verde. São muitas praças e calçadas com árvores, palmeiras e principalmente flores, a cidade é toda colorida de flores, muito bonitinha.
A praça que fui ontem, retornei hoje pela manhã, só de roseiras e elas estão todas muito floridas, alguns trechos chegam a ser perfumados.
Perdi de conhecer por dentro o mercado municipal, não abriram hoje por ser feriado. É um prédio em ferro no estilo mouro, com uma parede toda de vitral, só vi por fora.
A cidade está em obra, mas nada que prejudique, estão construindo as linhas 1 e 2 do metro, mesmo sendo uma cidade menor que o Rio, garanto que as linhas serão maiores, o nosso deve ser um dos piores do mundo, vergonha!
Falando ainda em transporte, por aqui alguns muitos ônibus urbanos, possuem wi-fi, tem aviso na entrada, e nos pontos tem o aviso de quantos minutos faltam para chegar o próximo, perfeito.
Uma coisa que notei, porque procuro, não tem banheiros públicos pela cidade, só na orla. Em Córdoba tem, é pago 0,30 de euro, são menores, mas são do tipo dos de Paris, a cada uso, são higienizados automaticamente.
Aqui também tem coleta seletiva de lixo, com contêineres subterrâneos.
Outro detalhe que observei, os espaços onde existem praças, foram transformados em estacionamentos subterrâneos, por que não podemos ter também?
É isso, valeu muito vir a Málaga, vou voltar, me senti bem por aqui, meio que local.
Até!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os Russos e as Moscas

Hoje não ia ter blog, estou pregado, cansado, tudo que tenho direito.
Os mais de três anos de tratamento do meu joelho, quase que vão para o espaço. Não aconteceu nada, mas que ele em um dado momento começou a ranger e a travar, isso começou.
Eu já estava sentindo as pernas depois de subir em três torres, sem a menor noção, eu sei que sou. Tinha decidido que não subiria em mais nada, mas...
Hoje comprei o hop on/off e fui conhecer a cidade. Como sempre faço, dou a volta completa e depois retorno no que me interessa.
Peguei ele no porto e desci no porto. Aproveitei para caminhar pelo porto de Málaga. Uma zona completamente revitalizada, com lojas e muitos restaurantes, tudo aberto, um calçadão com a baia em frente.
Caminhei até a praia de Malagueta, muitos quiosques vendendo peixe assado na brasa e outros pratos mais. Retornei e almocei no porto, Plaza Lounge Bar, peixe grelhado com batatas cozidas e cogumelos salteados com abobrinha e pimentão, estava muito bom, mais cerveja, azeitonas e pãozinho, paguei 15 euros, bom também.
Retornei ao ônibus para fazer os lugares que me interessavam, na verdade era um específico, Castillo de Gibralfaro, bem no alto.
Quando cheguei, vi que tinham muralhas e suas escadas, olhei e pensei, não subo. Mas aí eu vi que se não subisse o passeio estaria perdido, subi,
Vista de toda Málaga, muito bom mesmo.
Saindo do Castillo, a entrada 3,55 euros também dava direito a visitar Alcazaba, um antigo palácio mouro, também no alto. Embora pareça a mesma coisa, eles não estão interligados, então, desci com o ônibus e subi em Alcazaba. Mais muro com escadas com degraus altos, resultado disso, pernas para o alto, estou me arrastando.
Muito bem, Málaga é muito legal, pena ficar tão pouco tempo. Sou bem urbano e me identifico mais com as cidades que se movimentam como esta.
Como disse ontem, e pude verificar hoje, me lembra muito Barcelona, em muitos aspectos, está valendo cada minuto.
Depois desse sobe e desce de muros, fui ver a exposição no Museu Carmen Thyssen, muito interessante, tem artistas que eu nunca ouvi falar mas que são da geração dos impressionistas.
Recebi da minha amiga Clarissa, que mora aqui mas está no Rio neste momento, muitas dicas de lugares para ir, comer, beber, mas o tempo por aqui está curto, só tenho amanhã, vou ter que fazer um filtro, mas já estão bem guardadas, eu volto.
Eu realmente devo ter cara de gringo, as pessoas continuam falando em inglês comigo, mesmo quando cumprimento em espanhol, e hoje foi até engraçado.
Eu estava esperando o ônibus para ir ao Castillo, quando dois casais vieram falar comigo, em russo. Eu ouvia e não entendia nada, só ria. Pedi desculpas em inglês, uma das mulheres não entendia nada do que eu falava, então o marido dela veio falar comigo. Ele falava muito pouco de espanhol e também de inglês, mas me perguntou que língua eu falava, eu disse português, espanhol e inglês.
Eles queriam ir ao Castillo e não sabiam como, estavam de carro, então eu dei o meu mapa do ônibus para eles. Fizeram uma festa, queriam me dar uma caneta de presente, eu agradeci e recusei, isso tudo eles falando em russo, e eu rindo.
Pois bem, quando estou lá no alto eles chegam: português, ei português, me chamando, eu tinha dito que era do Brasil, eles não entenderam, então eu voltei a falar, sou do Brasil, nada, sou do Rio de Janeiro, ah Brasil, em russo não sei como é, aí foi uma festa, queriam saber o que eu fazia, por onde tinha viajado, isso no pouco espanhol que o russo falava, muito simpáticos, divertidos.
Para terminar, as moscas continuam me perseguindo, acho que gostam de um vinagre, isso é que está me incomodando, é muita o tempo todo, qualquer hora vou comer mosca, literalmente.
Até!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Terceira parada Málaga


Diferente das outras duas cidades que passei, Málaga me lembrou Barcelona, muita gente pelas ruas, muitos jovens, bares, cafés, restaurantes, muitos e com bastante movimento, e um detalhe, está na beira do mar, isso faz diferença, principalmente para quem é do Rio.

Eu costumo não ter senso de direção, a praia me ajuda, embora, em duas giradas pela cidade tenha me perdido, parece São Paulo, quando você pensa que está dando a volta no quarteirão, está indo para outro sentido. A sorte é que aqui é pequeno e sempre tenha o cais para te ajudar.

Pela manhã dei uma última volta por Córdoba. Cidade interessante, a parte histórica está bem preservada, nem tudo, mas a maior parte está. Limpa, fora a sujeira dos pombos, por aqui eles gostam muito das palomas, eu continuo querendo extereminar todas. Como eles ficam nos telhados dos prédios, e os prédios da parte histórica só tem dois andares, é perigoso caminhar rente as paredes, embora certas ruas não tenham calçadas, são estreitas e com movimento de carros, para se ter idéia, eu vi uma ambulância tendo que recolher os espelhos retrovisores para poder passar, nessas horas você é obrigado a subir nos degraus das portas das casas.
Como já disse, gostei de Córdoba, só poderia ter reduzido em um dia, já tinha visto tudo.
O bom na hora de sair, é que o custo foi menor que a reserva. Uma dúvida me ficou, no elevador tinha a propaganda do café da manhã, em espanhol custava 7 euros, em inglês 8, me cobraram 8, protecionismo, nem posso falar nada, tem bares na Av. Atlântica que praticam preços diferenciados para turistas.
É muito bom viajar de trem pela Espanha, pelo meos em todas as vezes que utilizei, fui de alta velocidade. Rápido, confortável, muito bom.
Aproveitei a chegada e fui conhecer a catedral, mais uma vez sou vizinho. Esta é menor e acredito não ter sido mesquita, é muito bonita, muito ouro, para variar.
Por duas vezes já tomei sorvete de melancia, por que o Itália não faz? É muito bom.
Tinha me esquecido, 12 de outubro é o descobrimento da américa, Zoraida me lembrou e é o dia nacional aqui. Acho que vai ter desfile, vi bandas ensaiando na praça próxima ao hotel, vou me informar para poder ir ver.
Bom, amanhã conhecerei a cidade e vou ver uma exposição no Museu Carmen Thyssen, Das Paisagens Naturalistas as Vaguardas na Coleção Carmen Thyssen, telas de Coubert, Van Gogh, Monet e Léger, este último não conheço. Amanhã também abre uma exposição, aqui ao lado do hotel, de fotografias de Hollywood, vou tentar ir ver, se não der amanhã, domingo.
Aqui também tem mosca.
Até!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Moscas e azeitona amarga

E mais uma etapa está se acabando, só tenho algumas horas amanhã pela manhã em Córdoba, só vou dar uma volta, o trem é às 13:30h e o hotel tem que sair antes das 12h, tudo encaixado.
Bom, o dia de hoje foi meio sem pensar. Quando saí pela manhã, tinha em mente atravessar o rio e conhecer o outro lado. Quando estava acabando de atravessar a ponte, vi que a Torre da Calahorra estava aberta e resolvi conhecer o museu que tem dentro, mas com ideia de ir ao alto.
O Museo Vivo de Al-Andalus, conta um pouco da história da cidade e região. possui várias maquetes, inclusive da mesquita/catedral, além de outros palácios.
Ele é todo interativo, você visita com audioguia, e em cada sala, há uma maquete, ou uns bonecos em tamanho natural vestidos da época, personagens que fizeram a história do lugar.
Tem alguma tapeçaria, que acho ser nova, está com a cor muito viva, e uma exposição de instrumentos cirúrgicos usados a época.
Quando se chega ao topo, tem-se a melhor visão da mesquita/catedral e do rio, muito bom, 4,50 euros.
Saindo dali, já estava do outro lado do rio, fui até a rotunda, que segundo me informaram, cada rua se direciona para uma cidade da região, e também caminho para Madri.
A Av. Cádiz, uma das ruas que cortam a rotunda, ainda segundo a informação, era a Via Augusto, caminho de 1.500km que levava ao Império Romano, muito legal saber estas coisas, espero que sejam reais.
Ainda pela manhã, sem ter muito o que fazer, resolvi ir até ao Jardim Botânico, fica tido perto, uma atração ao lado da outra.
Pois bem, os jardins de Alcazar de Los Reyes Católicos é mais bonito e melhor cuidado.
Ele não é grande, ocupa uma faixa na margem do rio, possui estufas climatizadas para as plantas de regiões úmidas, e outras de outras espécies.
A parte que achei mais interessante foi a da escola botânica que eles possuem.
É um grande pomar, com oliveiras, caquis, marmelo, parreira, laranjeiras e outras frutas mais.
As oliveiras estavam carregadas, a maioria ainda bem verde, umas estavam já maduras e é claro que tirei uma para provar. É ruim de mais azeitona colhida na hora, é muito amarga, vou pesquisar para saber o que faz ela ficar gostosa, me dei mal.
O que achei desperdício, foi ver muitas frutas apodrecerem nos pés. As parreiras tinham cachos de uvas completamente secas, tinha uma oliveira, de frutos pequenos, que já estavam murchando no pé, romãs no chão, isso não é legal.
Para encerrar Córdoba, alguns detalhes:
Como tem mosca nesta cidade, é muita mosca mesmo, o tempo todo te cercando.
Eu falei em um blog passado sobre as margens do Guadalquivir serem cheias de plantas, mato e outros verdes mais, pois é uma reserva biológica. Este parque nas margens do rio, possui dezenas de espécies de aves, não é mato, é ecológico.
Bem, Córdoba também me encantou, principalmente pela catedral/mesquita, um colosso. A cidade é muito limpa, tem contêiner de lixo por todos os lados, coleta seletiva bem estruturada, não possui caminhão de lixo, vi várias vezes pessoas saindo dos prédios com seus sacos de lixo e levando para os contêineres.
É isso, amanhã novo destino e dia 12 por aqui, Espanha, deve ser feriado, estou vendo umas arrumações e propagandas, acho que é o dia da nação ou algo parecido.
Até!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Jardins de Alcazar de Los Reyes e Ciganos que precisam de banho

Hoje fui conhecer o Alcazar de Los Reyes Católicos, mais um local perfeito, muito bem conservado, os jardins são cuidadosamente tratados, tem fontes, piscinas, tudo preservado.
Não sei se os jardins eram assim, acredito que não, mas a disposição é provável que seja. Segundo informação passada, os jardins iam até a margem do rio, devido a necessidade de expansão da cidade, foi feito um corte, pequeno, que não prejudicou o que ficou.
Por aqui, em várias ruas, as árvores são laranjeiras, o mesmo no Marrocos, mais um assunto a pesquisar, e no jardim do Alcazar não é diferente.
Eles estavam podando as árvores, fazendo aqueles moldes redondos e elas estão cheias de frutos, verdes, o cheiro de laranjal na hora que visitei era muito bom.
Vi também pés de romã, plantados no meio das flores, as laranjeiras normalmente circundam.
Enfim, mais um lugar que você visita e tem vontade de ficar sentado admirando.
Estavam preparando um espaço para um evento agora a noite, mesas e outros adereços mais.
Por aqui ainda há ciganas, mas mais ocidentalizadas, vindas do leste europeu, carregando sempre crianças, sentadas na rua ou caminhando e sempre carregando crianças e pedindo dinheiro por que estão com fome, mas já vi uma se refrescando na sorveteria, e não foi dado por nenhum gringo, comprando do próprio bolso.
As crianças estão sempre sonolentas, será que elas dão um chá apagão:
Tem outras que também te cercam com um raminho de cipreste dizendo ser um presente, mas pedem dinheiro e para as mais incautas, dizem ler a sorte nas mãos, se vestem normal, sem aquele estereótipo de ciganos nômades, porém sujos, e muito.
Almocei hoje no restaurante El Pátio Andaluz, cordeiro com arroz e batatas tipo portuguesas com molho de especiarias, nada de diferente, parecia um tajine de cordeiro marroquino, o vinho que pedi, uma taça, também não gostei, ou seja, esse pátio não é bom, fui porque achei o local interessante e tinha bastante gente.
Uma coisa que esqueci de comentar desde a saída do Rio.
Ao entrar no avião, fizeram a gente formar uma fila no finger, colocar a bolsa de mão no chão e um cachorro da polícia federal farejar, nunca passei por isso no Rio, não sei se houve alguma denúncia ou se os voos para Portugal estão mais vigiados.
Ontem quando fiz o passeio hop on/off, passei por um prédio que pertence ao governo de Córdoba, que foi um antigo convento ou algo semelhante, com uma igreja na fachada, achei muito bonito, e é. Só que hoje fui ver de perto e o que eu achava ser em mármore, é tudo pintura, não deixa de ser bonito, mas perdeu um pouco a admiração. O prédio é da Igreja das Mercês.
Pois bem, ainda tenho amanhã o dia inteiro, gostei muito de Córdoba, só que poderia reduzir um dia, praticamente tudo já foi visto e com muita calma.
Até!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Lua moura em noite cordobenha

Hoje, ao sair a noite, me deparei com uma lua minguante, pena estar claro quando ainda estava alta, e possivelmente sobre a Catedral/Mesquita.
Estava um belo risco bem definida, amanhã pretendo levar o tripé para ver se consigo fotografar direito.
Quando retornei do outro lado do rio, e dei a volta pela Catedral, ouvi música árabe, uma música suave como se estivesse vindo de dentro dela, acho um pouco impossível, mas, em se tratando da mistura que esta cidade, pode ser possível.
Pensei que poderia ser algum morador ou restaurante próximos, mas estava em mais de um lado.
Lua e música moura em uma noite muito agradável, estava perfeito.
Fiz o roteiro hop on/off da cidade. É bem extenso, leva mais de uma hora, mas depois voltando a um ponto que me interessava, voltei andando para o hotel e não era longe. Muitas atrações são próximas uma da outra, o que faz com que ele circule mais devagar e pare mais, são 17 paradas.
Cada vez me impressiona mais a história da Andaluzia.
Antes só achava que existisse a mistura, árabe, judeu e cigano, hoje fiquei surpreso de como o império romano dominou esta região.
Existem muitos monumentos e sítios arqueológicos pela cidade, e, isso é coisa minha, podem achar o que quiserem, cada vez que visito um lugar dessa importância histórica, onde no passado ocorreram tantas coisas, boas ou não, me sinto fazendo parte dela também.
Agora, nesta região, naquele lugar onde eu estava, um imperador romano, séculos mais tarde, os reis católicos estiveram, então ocupamos o mesmo espaço em épocas diferentes, eu também passo a fazer parte da história daquele lugar.
Segundo a informação que ouvi hoje, no alto das montanhas existe uma cidade moura que ficou esquecida por séculos, dizem que até está bem conservada. Segundo ouvi, foi construída para o grande amor de um vizir, que era tudo muito grandioso e luxuoso, não sei de vale a subida do morro, vou pesquisar no google para ver se existem imagens do local.
Hoje tive que dar uma puxada de frei na comida, minha ex vesícula, é assim que me refiro a ligação direta que fizeram, gritou. Não senti nenhum mal estar efetivo. Quando isso acontece, sinto algo interno e para um dia de comer coisa gordurosas e muito temperadas e suspendo a bebida, amanhã eu retomo. Por sorte, bem aqui ao lado do hotel, tem um "serve-serve" e tinha uma comidinha bem leve, almocei  por lá, salada e peito de frango assado, já não sito mais nada.
É isso, amanhã pretendo ir aos Jardins de Alcazar, bem aqui ao lado, hoje estava fechado e outras coisas que deixei para depois, tenho até quarta o dia todo para ver o restante.
Até!

domingo, 6 de outubro de 2013

Córdoba, a surpresa.

Estou realmente surpreso com os meus primeiros momentos em Córdoba.
Escolhi o hotel pelo site do Booking, procurando ser central e lendo os comentários deixados. Pois bem, quando o taxi veio me trazer da estação, quando entrou por um portal, pude sentir que estava na zona histórica de Córdoba.
O hotel fica dentro do que restou das muralhas da cidade, em frente a catedral, no meio dos becos e ruelas, estou me sentindo dentro das Medinas do Marrocos.
Aproveitei a chegada, por volta das 14h e fui almoçar, Bodega Mezquita, agora vou anotar os nomes. Por sugestão da moça do restaurante, comi um carneiro com molho de canela, servido com uma farofa de farinha de milho com frutas secas, não era cuscuz marroquino, e ela também sugeriu que eu comesse a berinjela, maravilhosa. Empanada em uma maça leve e caramelizada ficando crocante por fora e macia por dentro com gergelim, muito bom! Neste restaurante, o menu indicava a origem da comida, vou tentar só ir de moura, está no sangue.
Depois do almoço, aproveitei para dar uma volta no entorno da Catedral/Mesquita e cheguei até ao rio Guadalquivir, em Sevilha ele é mais reto e tem as margens com deques, aqui a margem de um lado é um parque e do outro é verde, muitas plantas e árvores, mais selvagem.
Como hoje era só a parte da tarde, resolvi visitar logo a Catedral.
Não sei como descrever a minha sensação quando entrei, só posso dizer que vou para as profundezas, só vinham palavras elogiosas ao que via.
É bem diferente da de Sevilha. Lá também era uma mesquita, mas possui detalhes mouros, aqui não, você já entra por um salão todo em arcos, muitos arcos, igual a mesquita que vi no Marrocos.
Ela é tão grande ou maior que a outra, houve uma mistura de mouro com gótico, o altar mor é espetacular, sem cotar os altares em ouro e prata. Sem Palavras!
Aproveitei para dar uma volta por algumas ruelas, mas amanhã é que vou conhecer tudo e depois aproveitar e retornar no que achar melhor.
Muitos turistas por aqui também, só que não estou ouvindo muito italiano como em Sevilha, tem muito turista de língua inglesa.
Um detalhe de Sevilha que esqueci de comentar. Sexta e sábado vi uns três casamentos, não diretamente, mas os convidados se dirigindo a. Pois bem, aqui as mulheres não usam só chapéu, eram durante o dia, usam também uns arranjos com flor, tule, fita, vermelhos, roxos, marrons, de fazerem inveja as netas da Rainha Elizabeth no casamento do primo.
É isso, se preparem porque parece que por aqui tem muitos detalhes, vou mais uma vez enche-los de fotos, se estiver cansando digam.
Até!

sábado, 5 de outubro de 2013

A Despedida

Despedidas sempre são um pouco traumáticas, eu resolvi me despedir se Sevilha  na boa, mesmo porque penso em voltar, e de carro para percorrer os entrecampos que separam as cidades da Andaluzia.
Todos tinham me falado sobre Sevilha, mas não existem palavras que descrevam o sentimento que fica por esta cidade.
É de uma beleza incrível, as pessoas são gentis, existe opção para tudo, os locais, por mais que pareçam distantes, sempre pode se chegar caminhando e descobrindo a cada esquina, uma novidade.
A cidade está lotada, me assustei com a multidão hoje ao sair a noite. Muita gente nas ruas e uma procissão, que segundo soube, só vai acabar a meia noite, é em comemoração aos 450 anos da irmandade da Virgen de Las Victorias.
Por aqui ouvi sobre o passado. Foi Itálica, terra dos Imperadores Trajano e Adriano, depois, ou na mesma época, tenho que estudar, foi povoada por mouros, judeus e ciganos, e por fim vieram os católicos e tornaram a cidade um monumento à religiosidade. São muitas igrejas e ordens religiosas. Muitas ruas tem nomes de santos, ou expressões que exaltam a religiosidade.
Durante o Império Romano, foi dedicada ao deus Hércules, é muita coisa para um lugar só.
Percebi que tem muito italiano visitando a cidade, será que eles vem em busca da Itálica?
Daqui sigo para Córdoba, mais história pela frente.
Fique hospedado no Hotel América, em um local bem central, em frente ao prédio principal de El Corte Inglês, com várias linhas de ônibus circulando pela praça e vários serviços de restaurantes e outras delícias mais.
Como sou ruim de cabeça, não anotei onde comi, mas foi em uma rua perto da Giralda, que tem restaurantes e cafés dos dois lados, comi uns grelhados. Perto da Plaza Nueva, em uma rua transversal também cheia de lugares para comer, comi uma paella, sem maiores comentários, vi que tinha bastante gente, entrei e acho que é padrão nestes lugares que atraem muitos turistas.
Uma coisa é chata em qualquer lugar e ocasião, comer sozinho.
Fora isso, hoje não almocei. Retornei a Praça de Espanha, e por sorte tinha estado lá ontem, estão montando alguma corrida para amanhã por lá, ficou poluído, fui caminhar no parque Maria Luisa, muito interessante, mas não tem uma casinha para você se aliviar. Aqui vai uma observação negativa sobre a cidade: existem vários banheiros químicos por todos os cantos, todos fechados, depredados, nenhum funcionando, pior que no Rio.
Na volta do parque, perto das 3h, não havia lugar vazio para comer. Nada! Nem mesmo os fast food, todos lotados com filas de espera, fiquei sem comer, e olha que isso para mim é o pior que pode acontecer, o humor vai ao nível mais baixo, muita gente.
Outras duas observações: mais uma vez não vejo a crise espanhola, acho que ela se resume aos formandos que não encontram lugar para trabalhar. A outra é que a população está crescendo. O que tem de casal com carrinho de bebê, e muitos com gêmeos é impressionante.
Para finalizar, concluindo o hotel, bem localizado, serviço muito bom, quarto e banheiro bem limpos, café da manhã farto e muita atenção dos empregados, e tem a vantagem se vier de carro, tem desconto de 50% no estacionamento público ao lado.
É isso, disse que ia mandar poucas fotos hoje, mas foram dar corda a maluco, enchi vocês de noturnas, tudo com o iphone 4, segurou na boa.
Até!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Deslumbrado

Está é a palavra correta e o sentimento também. Estou deslumbrado com Sevilha, amanhã será o meu último dia, domingo só tenho a manhã, e ainda faltam coisas a fazer.
Hoje, logo pela manhã, comprei o passeio hop on/off para conhecer outros lugares que achei seriam distantes.
A saída foi daqui da frente do hotel, a primeira parada na margem do rio, até aí tudo igual, a próxima foi Praça de Espanha. Como eu gosto de fazer todo o circuito e depois voltar só onde me interessa, dei a volta toda, desci novamente na praça e fui conhecer a antiga gare na Praça das Armas, prédio de estrutura de metal e vidro, com decoração mourisca, muito bonito, como sempre eram as gares antigas.
De lá, fui para a margem do rio, peguei novamente o ônibus e desci na Praza de Espanha.
A vontade era picar por lá mais tempo, nem andei pelos jardins, coisa que gosto, só fiquei pelo prédio.
Um dos prédios mais bonitos que vi. São muitos detalhes na fachada, pontes, escadas, pátio, tudo, simplesmente tudo é bonito.
Bem na frente tem a estátua do arquiteto que projetou o pavilhão, Aníbal González, deviam depositar flores todos os dias para ele.
Foi construído para a exposição Ibero Americana de 1929, e está lá até hoje, belo.
Mas continuando o passeio, fiz outra parada depois em Macarena, não entrei na igreja, já preenchi a cota de Sevilha de igrejas, mas tem parte do muro que cercava a cidade, e que li numa placa, que muitos foram fuzilados naquele local, paredon, só não tem a data, mas, pelo passado da Espanha, dá para escolher quando.
Outra novidade para mim, foi saber o nome do cara que gritou "terra a vista", na língua dele, quando Colombo descobriu a América. Triana, nome de família e nome do bairro do outro lado do rio e antio portal de entrada para a cidade.
Foi por ali também que surgiu a dança flamenca, segundo informação do passeio.
Como era o portão de entrada, havia muitos bares ou bodegas, ou seja lá que nome davam, e, com a mistura cigana, moura, judia, surgiu o ritmo, ou como disse hoje o guitarrista, o sentimento, a atitude.
Depois desta rota, com sol forte, sem protetor solar, estou quase fúcsia, dei uma passada no hotel e fui para a apresentação flamenca.
Casa de La Guitarra, show curto, de bom tamanho, espaço confortável e preço bom 17 euros.
Eu fico viajando quando ouço um bom instrumentista, eu sou tão sem ritmo que desafino em campainha de porta, que para mim já bastavam os solos de guitarra. Mas eis que entra a bailarina, ou seria dançarina, não sei, ela tinha porte de balé, e dá um show. Não conheço os movimentos da dança, mas pelo ritmo, coordenação, velocidade e expressão, me ganhou, muito bom!
Eu estou bombardeando vocês com o instagram, estou postando muita coisa, vou dar uma reduzida, está ficando chato, e ainda tem muito temo pela frente.
Fotos da câmera não vou poder postar, só se for em jpg, o netbook que trouxe, só tem o picasa e está lendo raw e deixando a foto azul, deve ser versão smurf, e o leitos de cartão que trouxe, para CF, acabou de quebrar, nem lembro mais quantos já tive.
Só para terminar, viagem é cultura. Segundo informações, os imperadores Trajano e Adriano nasceram aqui ao lado, em Itálica, hoje chamada de Santiponce, não encontrei tour para lá, eles recomendam que pegue o autocarro no terminal, são 9km e as ruinas romanas ainda estão lá, vou ver se da tempo.
Até!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Holla! (não sei como colocar a interrogação para o espanhol)

Mais uma viagem e mais uma série de besteiras que vocês leem.
Pois agora estou na Andaluzia. Meu roteiro é Sevilha, Córdoba, Málaga e Granada, depois tem mais, mas não vou ficar abrindo o jogo, quem não sabe, aguarde, quem já sabe, bico fechado.
Então começaremos pelo início:
TAP Rio/Lisboa, voo tranquilo, sem nenhuma turbulência, lotado e avião apertado, já estou acostumado.
Lisboa/Madri, é, foi assim mesmo. Tirei bilhete prêmio do programa Victoria, quando pedi passagem para Sevilha, só tinha tarde da noite, então, Madri e trem para Sevilha.
Pois bem, cheguei às 7h em Lisboa e o meu voo era só às 12h. Atrasou, só saiu às 13:40h, a sorte que o trem que comprei tinha vantagem de tempo.
Descemos no terminal 4 de Barajas, prestaram atenção, terminal 4, consegue ser pior que Santos Dumont.
O voo foi num ERJ 145 da Embraer, fui curtir uma de gostoso, baixei milhas para este trecho de executiva e vim em uma cadeira comum, a única diferença para o resto do avião, foi o serviço de bordo, louça, guardanapo de pano e talher de metal, e também uma saladinha no lugar do amendoim do outro lado da cortina.
Descemos, pegamos as malas que eram jogadas na esteira, este terminal é dos antigos, tudo manual, saímos sem imigração, direto para a rua.
Para terminar, o comandante era brasileiro, em avião brasileiro que atrasou por problemas técnicos, vim tranquilo, já disse, se é para morrer em acidente  que seja aéreo.
Bem, Sevilha. A cidade é um charme. Hoje acordei com chuva pesada, trovoada, tempestade mesmo, deixei passar e fui para a rua. Sol e calor no resto do dia.
Estou hospedado no Hotel América, bem no centro, perto de tudo e de todo o movimento.
Comecei indo na direção da Catedral, que fica ao lado de Alcazar, que fica ao lado da Praça de Espanha, que fica próxima a margem do Rio, fácil, principalmente para o sem noção de direção aqui.
A Catedral é um espetáculo. Impressiona pelo tamanho e pela história, de Mesquita foi transformada em templo católico, cada detalhe é incrível.
Dentro dela tem capelas que foram transformadas em museu de arte sacra, tem muita prata e ouro, provavelmente das américas, e por falar nisso, está lá o mausoléu do Cristóvão Colombo, se está mesmo lá eu não sei, mas impressiona pela grandeza.
Antes de sair, resolvi subir a Giralda, ou o minarete que foi mantido como torre da catedral, cheguei quase morto, mas tem-se uma vista de Sevilha de todos os ângulos.
Saindo da Catedral, fui até Alcazar, mais um espetáculo, eu fico impressionado com o preciosismo dos detalhes mouros.
Aqui um parêntese: por mais que tenha português na família, tem um pé bem firme no oriente, se não me engano, Síria, então me identifico bem com esta arte, está no sangue. (rs)
Cada sala, cada jardim, não tenho como descrever o que vi, tudo muito bem conservado, paga-se 8,50 euros, mas muito bem pagos. (na catedral são 8 euros, também bem pagos)
Dizem que Alhambra é muito melhor, estou torcendo e ainda bem que vi este primeiro.
Saindo de Alcazar, fui caminhar na margem do Rio Guadalquivir, passeio recomendado por blogs bem indicado, tanto que retornei a noite para fazer fotos noturnas, saí de lá às 22:15h, super seguro, caminhei até o hotel sem o menor problema, eu quero essa segurança para mim.
Pois bem, amanhã tem mais. Achei que era uma cidade pequena e que o período que marquei para ficar aqui era muito, acho que vai ser ideal.
Não subi no Metropol Parasol, uma estrutura moderna, amanhã vou até lá.
Para encerrar, aqui também tem pinto nos cruzamentos. O sinal sonoro é igual ao de Madri, sendo que em alguns cruzamentos, o bonequinho da luz verde se movimenta e quando está chegando ao final do tempo, com a piado mais rápido, ele corre, vou ver se amanhã eu filmo isso.
Até!