segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pirenópolis II

Fim de viagem!
Mais uma Cavalhada em Pirenópolis, desta vez com a volta dos mascarados que haviam feito greve em 2011, a festa fica muito melhor com eles!
Eu costumo dizer que Pirenópolis é uma Ouro Preto sem ladeiras. A cidade é muito agradável, apesar do clima seco, tem que beber muito líquido, tem bons restaurantes, a comida goiana é muito boa, empadão goiano, arroz de pequi, galinhada, come-se muito bem.
Tem também as frutas regionais, cagaita, taperabá (o nosso cajá, se não é o próprio é parente), baru e outras mais.
O único problema nessa época de festejos é a alvorada. Tem uma banda que sai às 5h da manhã tocando por toda a cidade, junto com queima de fogos, é um verdadeiro despertado, ainda mais quando você está hospedado em uma pousada ao lado da sede da banda e o seu quarto fica de frente para a rua, inevitável despertar madrugador.
No sábado fomos para uma cidade próxima, Jaraguá, para a Cavalhada local, não tão rica quanto a de Pirenópolis, mas tão interessante quanto.
Em Jaraguá tem um desfile que lembra os da semana da pátria em muitas cidades do interior, só que no final vem a peãozada montada nos seus cavalos e touros, e você que saia da frente, porque a prioridade é deles.
Como também acontece a Festa do Divino, no desfile são representados vários símbolos religiosos.
No domingo em Pirenópolis, acontece a procissão que sai da casa do festeiro do ano (acho que o termo é esse), escolhido no ano anterior, que vai bem no meio do cortejo, coroado e com a família junto.
Embora seja representada pelo Divino Espírito Santo, os seus componentes são formados por grupos folclóricos regionais.
Tem um senhor, esqueci o nome dele, que é uma figura. Me parece que ele é o festeiro oficial da cidade, vai organizando a procissão e dando bronca em todos o tempo todo, é hilário, reclama que as pessoas que estão levando as bandeiras do divino deixam elas arrastarem no chão, mas ao mesmo tempo, reclama das pessoas que enfeitaram as ruas com bandeirolas e as colocaram muito baixas.
Tem umas bandeirinhas vermelhas que são levadas pelas virgens, reclamou que tinha pouca virgem na procissão, normalmente, por garantia, só levam as bandeirinhas crianças pequenas.
A procissão termina na igreja da matriz, onde acontece uma missa de mais de 2 horas,  e me parece que é escolhido o festeiro que terá a honra de ser coroado, ficando até o ano seguinte, saindo a procissão da sua casa.
Mais tarde, os mascarados saem pelas ruas, com suas fantasias das mais diversas, eles e os seus cavalos. Eles se enfeitam com roupas coloridas, todos mascarados e cobertos por inteiro, com os cavalos vestidos de tecidos ou palha de bananeira ou qualquer mato que encontram.
Dentre os mascarados existem os chifrudos, mais luxuosos que os tradicionais. Eles passam pela cidade montados, com a voz alterada pedindo cerveja ou cachaça.
Após passearem pela cidade, vão para o Cavalhódromo, onde acontece a cavalhada propriamente dita, e fazem um show particular para as pessoas que lá estão.
O espetáculo mesmo, fica por conta dos cavaleiros, mouros (vermelhos) e cristãos (azuis), para a batalha onde, como sempre, os cristãos vencem, muito luxo.
É assim, que não conhece Pirenópolis eu recomendo, mesmo fora das cavalhadas, é uma cidade muito interessante, fica próximo a Brasília, 140 km, vale um final de semana, sem contar o turismo rural da cidade com muitas cachoeiras.
Foi muito bom estar com os amigos em mais uma saída capitaneada pelo mestre Walter Firmo, mais um pedaço desse país tão diverso.
As duas fotos representam o que se vê em Jaraguá e um mouro de Pirenópolis, breve o álbum com as fotos.
Já já mais notícias de outros reinos.
Até lá!!



5 comentários:

  1. Descreveu tudo com perfeição Walter. Valeu demais a viagem, estar com este grupo é um privilégio.

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  2. Muito bom... Tive o privilégio de estar nesse grupo... Viagem nota 10!!!

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  3. Como sempre viajei através dos seus excelentes relatos!

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  4. Oi Walter!!!!! Isso é muito bom, lugares e costumes diferentes.Este nosso Brasilzão tem muito para nos mostrar e encantar. Grande abraço.Leila

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