segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Universidade

Mais um dia de andarilho por terras lusas.
Hoje quando acordei, mal acordado, não tinha dormido nada, olhei pela janela e pensei: vai chover.
Primeiro dia que não saio de bermuda, peguei o metro, depois o comboio e fui para Coimbra.
Embora não fosse o trem mais rápido, é o intermediário, leva 1h do Porto até lá, rapidinho, o problema é que vendem passagem para Coimbra B, não sabia que tinha Coimbra A, são gares.
Coimbra B fica um pouco afastada do centro, enquanto Coimbra A fica no centro, só que o comboio não para lá, segue para Lisboa.
Desci na B, sem noção de onde estava, perguntei como chegava ao centro, se podia ir a pé, claro é bem pertinho, é só seguir esta avenida e depois do parque, passar para a outra grande e dobrar a direita, rapidinho (tudo aqui é no diminutivo, obrigadinho, beijinho). Taí a origem da légua de beiço do mineiro, foi influência portuguesa.
Depois de andar uns 4 quarteirões até o parque, andar outros tantos na outra avenida, consegui vislumbrar uns prédios antigos, consegui chegar ao centro, detalhe, o trem chegou ao meio dia, não choveu, é mais quente que o Porto, não tem quase árvores, vocês imaginam o que é.
Cidade histórica, tem igreja construída no século XII, a Universidade foi inaugurada em 1537, tem o convento das Clarissas onde tem o corpo da Santa Teresa, a Rainha Santa, mas é árida, mesmo com o rio Mondego a cortar.
Depois de rodar pelo centro, almocei, para não fugir a regra, um bacalhausinho, a moda da região, ombo assado com legumes cozidos e batatas portuguesas, no meio de uma praça, na sombra e uns pombos perturbando, mas o bacalhau valeu.
Depois disso, resolvi ir até a Universidade. Me disseram que na cidade tinha o onibus hop on hop off, procurei e nada, subi a pé, é subi mesmo.
Como a parte histórica foi construída na época medieval, as ruas são estreitas e íngremes.
Eu não acreditei quando chegei ao alto, as pernas tremiam, não respondiam ao meu comando, já tava pronto para chamar por socorro, detalhe, tudo isso debaixo de um sol escaldante, sem sombra nenhuma, três garrafinhas de água foram pelo caminho, mas chegando lá, vale a visita.
O salão dos capelos muito bonito e está totalmente preservado. A Biblioteca Joanina é magnífica, infelizmente nada de fotos.
Visto tudo, vamos voltar, pra baixo todo santo ajuda, mas você tem que ter bons joelhos, desci travado, cheguei inteiro. Novamente caminhando até a estação, quando cheguei lá é que soube que, com o mesmo bilhete, eu poderia ter pego qualquer trem regional, tipo suburbano, e ir até a estação A.
Aprendi, só não sei se volto, embora goste muito das histórias que ocorreram por lá, Ines de Castro, Rainha Santa, muita coisa.
Amanhã é o último dia por aqui, vou ficar bem relaxado, só passeios leves.
Até!

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