quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Rumo ao fim do mundo!

Ontem fomos rumo ao fim do mundo, e era fim do mundo mesmo. 48km em estrada de terra, percorridos em mais de 3h, sendo que na volta, debaixo tempestade pesada.
Mas valeu ter ido. As distâncias entre as casas era enorme, mas para os moradores, conforme conversamos, era ali do lado, são vizinhos.
Chegamos até Bica d'Água, fazenda do Sr. Santo e de D. Maria que nos receberam com cafezinho e, como começou a chover, D. Maria preparou janta para todos nós (9), comidinha feita em fogão de lenha.
No caminho passamos por locais especiais e belos. Poucos moradores, serra do espinhaço e rio Jequitinhonha correndo abaixo, vegetação do serrado, belos vales e paisagens.
Ontem comi um acompanhamento feito de talo de samambaia, não sei se é a mesma que se planta em casas, mas mostraram o talo para a gente e as folhinhas novas se pareciam, muito gostoso, repeti.
A cozinha mineira, para mim, é uma das melhores. A variedade de tipos de pratos que servem, o tempero na dose certa, sem contar o que só se encontra por aqui, ora-pro-nóbis, muito gostosa.
Dando sequência, caímos nos doces, principalmente acompanhados de queijo de minas, meia cura para mim é o melhor.
Tudo isso regado por uma cachacinha mineira, antes durante e depois, não tem coisa melhor!
A cidade de Diamantina é realmente uma raridade em preservação. O centro histórico é muito bonito, menor que o de Ouro Preto, mas muito bem conservado, limpo, sem um fio atravessando as ruas, pena haverem muitos carros estacionados ou circulando, o que dificulta em muito a fotografia.
Talvez por ser mais distante, Diamantina se preservou mais que muitas cidades. Para quem tem dificuldade de locomoção, ou para quem não é chegado a um esforço físico, eu não recomendo a vinda, as ladeiras são maiores que as de Ouro Preto, um sufoco, ainda mais com chuva.
Hoje vamos sair para um outro lado, mais ao norte da região, mas pertencente ao Alto Jequitinhonha.
É impressionante como este país é diverso, e como o povo é generoso. Eles são de uma simpatia e simplicidade que não tenho como descrever.
Ontem, na casa do Sr. Santo, fomos recebidos pelo casal com muita simpatia e alegria, até os cachorros vem fazer festa em você.
Quero voltar para ver a Vesperata, acontece entre abril e outubro, duas vezes ao mês. As orquestras se posicionam nas sacadas dos sobrados, uma de cada lado, o maestro fica na rua regendo as duas, e as pessoas sentadas nas mesas dos bares e restaurantes, ao ar livre, assistindo. Deve ser muito bom, só não deve ser muito confortável no inverno.
Por hoje é só, até!!!


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