segunda-feira, 14 de julho de 2014

Auf Wiedersehen Berlin

Hora de arrumar as coisas e partir de Berlim.
Por opção, fiquei una semana só aqui, acabou sendo muito. É verão, a cidade está cheia de turista, tentei ir a dois museus que me interessavam, um com 2h de espera e outro com 3h, sendo que este ultimo, voltei por três dias, o mesmo acontecia, desisti.
Mas, falando da cidade, as atrações estão relativamente perto umas das outras, e o sistema de transporte público é excelente, além da cidade ser completamente plana, o que facilita tudo.
Gosto muito de parques, e o Tiergarten não fica atrás. É um parque muito grande, todo verde, alguns lagos, pequenos, algumas áreas com estátuas, muito seguro. Os nativos gostam de tomar sol por lá, sem roupa, e não é em áreas especiais, encontram um grande gramado com sol, se despem e aproveitam, na boa, para todos.
O tempo, clima, ficou confuso. Acho que só tive uns dois dias sem que chovesse, até chuva de granizo peguei no meio do parque, e justo no dia em que constava sol o dia inteiro, sai sem capa, resultado foi ter que voltar ao hotel para trocar toda a roupa, o difícil foi achar a saída com metro, o sem bússola aqui, por mais que olhando mapa, anda sempre errado, já desisti de me achar.
Uma informação que li sobre o parque, ele foi todo replantado após a guerra. Os moradores com fome e frio, derrubaram as árvores para lenha e usaram os espaços dos gramados para plantarem hortas, hoje é um belo exemplo de regeneração de matas.
É uma cidade interessante por tudo o que já passou, foi destruída pela guerra, em todos os sentidos, prédios e população,. Depois criaram um muro, dividindo uma cidade, vou até procurar ler quando chegar ao Rio, sem que eu entenda qual foi o critério,  a linha do muro é reta em alguns momentos, do nada ela da uma quebrada que não entendi, e com tudo isso, não sente melancolia por onde se anda, ao contrário, é uma cidade viva.
Não sei como identificar os alemães locais, tem muito imigrante, russos e do leste europeu, você observa bem no metro, eles conversam em uma língua, que por mais que eu não entenda o alemão, não é isso que estão falando.
Não achei as pessoas elegantes, ao contrário, se vestem de forma até simples, mas com conforto, só não entendi o uso de casacos e mantas nos restaurantes com o sol que estava fazendo.
Comi muita salsicha, batata, peixe, não gosto de joelho de porco, em alguns lugares achei boa a comida, em outros achei condimentada demais para mim, e eu gosto de tempero, mas não identifiquei o que era.
Comi também um tipo de hot dog que uns caras vendem em uns tabuleiros pela cidade, gostei, aquilo deve ser quente de carregar.
Bebi pouco, alguns lugares a cerveja estava gelada, não super gelada, em outros nem tento, mas é o costume, como não sou muito de fermentados, não foi problema para mim, bebi sim, muita água, é seco por aqui.
As pessoas são de uma educação que cativa você. Nos locais que você chega, já te cumprimentam e falam em alemão, você pede desculpas por não falar a língua deles e eles te retribuem com outro pedido de desculpas, é bom para a gente aprender.
Pena não ter mala, até tenho, mas como vou pegar voos por aqui, 23kg é o limite, só olhei as lojas, tudo liquidando, mas liquidando mesmo.
Optei por vir passar meu aniversário viajando, precisava de um momento para mim, podem achar egoísmo, não me importo, e sozinho, não sei se foi tão bom assim, ainda mais com o ocorrido na véspera do meu aniversário, mas mesmo que estivesse por lá, nada poderia fazer, mas a vida é feita de momentos, favoráveis ou não e todos nós superamos, temos que seguir adiante.
É isso, amanhã vou para a segunda etapa, cidade conhecida, sei que o hotel tem ar condicionado e um astral para cima, é uma das minhas preferidas.
Até!

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