segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Depois de Sandy, Junior

Ficar, incomunicável e desplugado de todos os artefatos tecnológicos nos dias de hoje, é meio complicado. Só percebemos a falta que estas maquininhas fazem, quando não temos como usá-las.
Como já havia dito antes, as cidades se revezam em sinal telefônico, em Minas Novas era só TIM, daí não ter tido sinal nos dias que fiquei por lá.
Íamos trocar de cidade, sair de Minas novas para Chapada Nova, fica mais perto do ponto onde seria feito o trabalho, só que choveu muito na véspera, e resolvemos ficar onde estávamos e irmos a outro lugar.
Pois bem, neste lugar também tinha exclusividade, só pegava CLARO.
Andamos, pesquisamos as possibilidades de fotos e ficamos para fazer, sempre a noite.
Vimos umas nuvens pretas chegando, o leito do rio Araçuaí cresceu muito rápido, mas onde estávamos, chuva forte mesmo não vimos.
Fotos feitas, retornamos à Minas Novas, tarde, já passava da meia noite.
Primeira surpresa, quando entro no quarto, uma poça d'água ocupando quase todo o tamanho. Logo depois, percebo que, mesmo com sinal forte de wi-fi, nada de internet e para concluir, só água fria no banheiro.
Banho tomado, tentei falar com a recepção do hotel, não conseguindo, fui dormir (um lado do quarto não tinha água no chão.
No da seguinte, fui perguntar o que houve, me responderam que na noite anterior, passou uma tempestade pela cidade derrubando árvores, as placas de energia solar que aquecia a água, antena de internet, teto de supermercado, postes e outras coisas mais.
Então, mais uma vez, não vi passar a tempestade, escapei de Sandy em NY e de Junior em Minas Novas.
Isso tudo aconteceu, sem um sinal de telefonia ou de internet, estava isolado do mundo tecnológico e sobrevivi.
Seguindo viagem, agora já no retorno ao Rio, viemos para a cidade de Serro, outra joia da arquitetura mineira do Séc XVIII.
Ao chegar na pousada, nos indicaram um lugar para fotos surreal. É uma capelinha, no alto de um morro, que se chega depois de percorres 20 km em estrada de barro e outros tantos morro acima.
Lá, além da capelinha, existem mais de 100 casas, que ficam fechadas e só são usadas uma vez por ano, para um festejo que acredito ser de N. Sra. das Dores, padroeira da capela.
É impressionante, todas fechadas, uma cidade fantasma, pena que prejudicada para as fotos, por postes de luz que permanecem acesos.
Retorno a Serro, resolvemos ficar por aqui e retornar ao Rio na terça, direto, sem escalas, somente paradas técnicas, tem mais coisas a explorar nesta cidade, só que agora, completamente plugado, antenado e com tudo que a tecnologia pode nos oferecer.
Até!

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