sábado, 5 de outubro de 2013

A Despedida

Despedidas sempre são um pouco traumáticas, eu resolvi me despedir se Sevilha  na boa, mesmo porque penso em voltar, e de carro para percorrer os entrecampos que separam as cidades da Andaluzia.
Todos tinham me falado sobre Sevilha, mas não existem palavras que descrevam o sentimento que fica por esta cidade.
É de uma beleza incrível, as pessoas são gentis, existe opção para tudo, os locais, por mais que pareçam distantes, sempre pode se chegar caminhando e descobrindo a cada esquina, uma novidade.
A cidade está lotada, me assustei com a multidão hoje ao sair a noite. Muita gente nas ruas e uma procissão, que segundo soube, só vai acabar a meia noite, é em comemoração aos 450 anos da irmandade da Virgen de Las Victorias.
Por aqui ouvi sobre o passado. Foi Itálica, terra dos Imperadores Trajano e Adriano, depois, ou na mesma época, tenho que estudar, foi povoada por mouros, judeus e ciganos, e por fim vieram os católicos e tornaram a cidade um monumento à religiosidade. São muitas igrejas e ordens religiosas. Muitas ruas tem nomes de santos, ou expressões que exaltam a religiosidade.
Durante o Império Romano, foi dedicada ao deus Hércules, é muita coisa para um lugar só.
Percebi que tem muito italiano visitando a cidade, será que eles vem em busca da Itálica?
Daqui sigo para Córdoba, mais história pela frente.
Fique hospedado no Hotel América, em um local bem central, em frente ao prédio principal de El Corte Inglês, com várias linhas de ônibus circulando pela praça e vários serviços de restaurantes e outras delícias mais.
Como sou ruim de cabeça, não anotei onde comi, mas foi em uma rua perto da Giralda, que tem restaurantes e cafés dos dois lados, comi uns grelhados. Perto da Plaza Nueva, em uma rua transversal também cheia de lugares para comer, comi uma paella, sem maiores comentários, vi que tinha bastante gente, entrei e acho que é padrão nestes lugares que atraem muitos turistas.
Uma coisa é chata em qualquer lugar e ocasião, comer sozinho.
Fora isso, hoje não almocei. Retornei a Praça de Espanha, e por sorte tinha estado lá ontem, estão montando alguma corrida para amanhã por lá, ficou poluído, fui caminhar no parque Maria Luisa, muito interessante, mas não tem uma casinha para você se aliviar. Aqui vai uma observação negativa sobre a cidade: existem vários banheiros químicos por todos os cantos, todos fechados, depredados, nenhum funcionando, pior que no Rio.
Na volta do parque, perto das 3h, não havia lugar vazio para comer. Nada! Nem mesmo os fast food, todos lotados com filas de espera, fiquei sem comer, e olha que isso para mim é o pior que pode acontecer, o humor vai ao nível mais baixo, muita gente.
Outras duas observações: mais uma vez não vejo a crise espanhola, acho que ela se resume aos formandos que não encontram lugar para trabalhar. A outra é que a população está crescendo. O que tem de casal com carrinho de bebê, e muitos com gêmeos é impressionante.
Para finalizar, concluindo o hotel, bem localizado, serviço muito bom, quarto e banheiro bem limpos, café da manhã farto e muita atenção dos empregados, e tem a vantagem se vier de carro, tem desconto de 50% no estacionamento público ao lado.
É isso, disse que ia mandar poucas fotos hoje, mas foram dar corda a maluco, enchi vocês de noturnas, tudo com o iphone 4, segurou na boa.
Até!

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