sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os Russos e as Moscas

Hoje não ia ter blog, estou pregado, cansado, tudo que tenho direito.
Os mais de três anos de tratamento do meu joelho, quase que vão para o espaço. Não aconteceu nada, mas que ele em um dado momento começou a ranger e a travar, isso começou.
Eu já estava sentindo as pernas depois de subir em três torres, sem a menor noção, eu sei que sou. Tinha decidido que não subiria em mais nada, mas...
Hoje comprei o hop on/off e fui conhecer a cidade. Como sempre faço, dou a volta completa e depois retorno no que me interessa.
Peguei ele no porto e desci no porto. Aproveitei para caminhar pelo porto de Málaga. Uma zona completamente revitalizada, com lojas e muitos restaurantes, tudo aberto, um calçadão com a baia em frente.
Caminhei até a praia de Malagueta, muitos quiosques vendendo peixe assado na brasa e outros pratos mais. Retornei e almocei no porto, Plaza Lounge Bar, peixe grelhado com batatas cozidas e cogumelos salteados com abobrinha e pimentão, estava muito bom, mais cerveja, azeitonas e pãozinho, paguei 15 euros, bom também.
Retornei ao ônibus para fazer os lugares que me interessavam, na verdade era um específico, Castillo de Gibralfaro, bem no alto.
Quando cheguei, vi que tinham muralhas e suas escadas, olhei e pensei, não subo. Mas aí eu vi que se não subisse o passeio estaria perdido, subi,
Vista de toda Málaga, muito bom mesmo.
Saindo do Castillo, a entrada 3,55 euros também dava direito a visitar Alcazaba, um antigo palácio mouro, também no alto. Embora pareça a mesma coisa, eles não estão interligados, então, desci com o ônibus e subi em Alcazaba. Mais muro com escadas com degraus altos, resultado disso, pernas para o alto, estou me arrastando.
Muito bem, Málaga é muito legal, pena ficar tão pouco tempo. Sou bem urbano e me identifico mais com as cidades que se movimentam como esta.
Como disse ontem, e pude verificar hoje, me lembra muito Barcelona, em muitos aspectos, está valendo cada minuto.
Depois desse sobe e desce de muros, fui ver a exposição no Museu Carmen Thyssen, muito interessante, tem artistas que eu nunca ouvi falar mas que são da geração dos impressionistas.
Recebi da minha amiga Clarissa, que mora aqui mas está no Rio neste momento, muitas dicas de lugares para ir, comer, beber, mas o tempo por aqui está curto, só tenho amanhã, vou ter que fazer um filtro, mas já estão bem guardadas, eu volto.
Eu realmente devo ter cara de gringo, as pessoas continuam falando em inglês comigo, mesmo quando cumprimento em espanhol, e hoje foi até engraçado.
Eu estava esperando o ônibus para ir ao Castillo, quando dois casais vieram falar comigo, em russo. Eu ouvia e não entendia nada, só ria. Pedi desculpas em inglês, uma das mulheres não entendia nada do que eu falava, então o marido dela veio falar comigo. Ele falava muito pouco de espanhol e também de inglês, mas me perguntou que língua eu falava, eu disse português, espanhol e inglês.
Eles queriam ir ao Castillo e não sabiam como, estavam de carro, então eu dei o meu mapa do ônibus para eles. Fizeram uma festa, queriam me dar uma caneta de presente, eu agradeci e recusei, isso tudo eles falando em russo, e eu rindo.
Pois bem, quando estou lá no alto eles chegam: português, ei português, me chamando, eu tinha dito que era do Brasil, eles não entenderam, então eu voltei a falar, sou do Brasil, nada, sou do Rio de Janeiro, ah Brasil, em russo não sei como é, aí foi uma festa, queriam saber o que eu fazia, por onde tinha viajado, isso no pouco espanhol que o russo falava, muito simpáticos, divertidos.
Para terminar, as moscas continuam me perseguindo, acho que gostam de um vinagre, isso é que está me incomodando, é muita o tempo todo, qualquer hora vou comer mosca, literalmente.
Até!

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